Milho abriu a semana em alta no Brasil e indicador Cepea se elevou 2,92% na semana

Publicado em 11/05/2020 16:55 e atualizado em 12/05/2020 09:24
Chicago se movimenta pouco à espera de relatórios do USDA

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A semana começou com movimentações de alta para os preços do milho no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as únicas desvalorizações foram percebidas no Oeste da Bahia (1,91% e preço de R$ 38,50) e Castro/PR (4,44% e preço de R$ 43,00).

Já as valorizações apareceram nas praças de Cascavel/PR (1,27% e preço de R$ 40,00), Ubiratã/PR (2,53% e preço de R$ 40,50), Londrina/PR (2,53% e preço de R$ 40,50), Cafelândia/PR (2,53% e preço de R$ 40,50), Marechal Cândido Rondon/PR (2,53% e preço de R$ 40,50), Pato Branco/PR (2,46% e preço de R$ 41,70), Eldorado/MS (2,67% e preço de R$ 38,50), Porto de Santos/SP (4,08% e preço de R$ 51,00), Amambai/MS (5,26% e preço de R$ 40,00) e Sorriso/MT disponível (6,67% e preço de R$ 32,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira.

Nesta segunda-feira (11) o Cepea divulgou que as incertezas quanto ao desenvolvimento das lavouras de segunda safra, devido à irregularidade das chuvas, e a forte valorização do dólar, que elevou as cotações nos portos de Paranaguá (PR) e de Santos (SP), levaram os preços de milho a subirem em muitas praças acompanhadas pelo Cepea.

Entre 30 de abril e 8 de maio, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas – SP) avançou 2,92%, a R$ 49,76/sc de 60 kg nessa sexta-feira, 8. Quanto ao dólar, de 30 de abril a 8 de maio, se valorizou 5,52%, a R$ 5,748 no dia 8.

“Na semana passada, agricultores de regiões produtoras de segunda safra do Sul e do Sudeste estavam à espera de chuvas, mas as precipitações ocorreram apenas de forma pontual, elevando as preocupações no campo”, diz a nota.

A publicação ainda aponta que, do lado comprador, aos poucos, muitos retornam ao mercado, mas se deparam com dificuldades de encontrar lotes grandes. “Além disso, o preço pedido pelo vendedor está maior, e o prazo para pagamento, menor. Neste caso, alguns agricultores temem inadimplência, fundamentados nas atuais incertezas por conta da crise gerada pela pandemia de coronavírus”.

B3

A Bolsa Brasileira (B3) operou o dia todo com leves movimentações para os preços futuros do milho e registrava flutuações positivas entre 0,02% e 0,15% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à R$ 49,98 com alta de 0,06%, o julho/20 valia R$ 47,00 com valorização de 0,02%, o setembro/20 era negociado por R$ 45,32 com elevação de 0,15% e o novembro/20 tinha valor de R$ 47,85 com estabilidade.

Mercado Externo

Para a Bolsa de Chicago (CBOT) a segunda-feira (11) foi de leves quedas para os preços internacionais do milho futuro.  As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,50 e 1,00 ponto ao final do dia.

O vencimento maio/20 foi cotado à US$ 3,18 com baixa de 0,50 pontos, o julho/20 valeu US$ 3,18 com perda de 0,75 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 3,24 com queda de 0,75 pontos e o dezembro/20 teve valor de US$ 3,34 com desvalorização de 1,00 pontos.

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,31% para o maio/20, de 0,31% para o julho/20 e de 0,30% para o dezembro/20, além de estabilidade para o setembro/20.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho caíram à medida que os comerciantes ajustavam as posições um dia antes de um relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no qual analistas esperam que o governo projete um aumento nos estoques de milho nos próximos anos da safra.

“Os preços da soja e do milho são sustentados pelas expectativas de mais compras chinesas após negociações entre Washington e Pequim”, disse Ole Houe, diretor de serviços de consultoria da corretora IKON Commodities.

A China intensificou as compras de grãos nos Estados Unidos nas últimas semanas, registrando 378.000 toneladas de soja e 686.000 toneladas de milho na semana passada, confirmou o USDA.

Enquanto isso, os agricultores ainda estavam avaliando se as geadas do fim de semana no norte e leste do Meio-Oeste afetava as plantações de milho recém-plantadas. Analistas consultados pela Reuters esperavam que o relatório semanal de progresso das colheitas do USDA mostrasse que os agricultores dos EUA semearam 71% de seu milho.

“A geada pode ter impactado 5% a 10% do milho plantado no início”, disse o Commodity Weather Group em nota aos clientes.

A publicação ainda aponta que os comerciantes também estavam aguardando o relatório de oferta e demanda do USDA de terça-feira, em que o governo divulgará suas primeiras previsões oficiais para a campanha de 2020/21, cobrindo as culturas atualmente semeadas.

Analistas consultados pela Reuters esperam, em média, que o USDA projete estoques de milho nos EUA para atingir quase 3,4 bilhões de bushels até o final da campanha de 2020/21, em 31 de agosto de 2021, acima dos 2,2 bilhões no final de 2019/20.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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