Milho cai no mercado físico e na B3 nesta terça-feira

Publicado em 26/05/2020 16:40 e atualizado em 27/05/2020 09:18
Chuvas do final de semana e dólar atuaram no mercado

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A terça-feira (26) chega ao final com os preços do milho apresentando mais quedas do que altas no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas em São Gabriel do Oeste/MS (2,63% e preço de R$ 39,00) e Campinas/SP (2,91% e preço de R$ 53,00).

Já as desvalorização apareceram nas praças de Brasília/DF (1,28% e preço de R$ 38,50), Cascavel/PR (2,35% e preço de R$ 41,50), Amambai/MS (2,38% e preço de R$ 41,00), Pato Branco/PR (3,43% e preço de R$ 42,20), Marechal Cândido Rondon/PR (3,53% e preço de R$ 41,00), Cafelândia/PR (3,53% e preço de R$ 41,00), Londrina/PR (3,53% e preço de R$ 41,00), Ubiratã/PR (3,53% e preço de R$ 41,00), Eldorado/MS (3,70% e preço de R$ 39,00), Jataí/GO (4,17% e preço de R$ 34,50) e Rio Verde/GO (4,17% e preço de R$ 34,50).

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico paulista do milho está calmo e em ritmo lento neste início desta semana. “Com o dólar em trajetória de baixa, há alguma cautela sobre a dinâmica da oferta do segundo semestre. Em Campinas-SP, as referências giram ao redor de R$50,00/saca, CIF, 30d”.

O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando que a colheita da segunda safra de milho já começou no estado, atingindo 0,68% das áreas cultivadas com o cereal.

Este índice é menor do que os 1,28% que foram registrados neste mesmo período do ano passado, em função da etapa inicial tardia da semeadura e as condições climáticas menos favoráveis apresentadas em algumas regiões de Mato Grosso.

“No entanto, mesmo com avanços tímidos, todas as regiões do estado reportaram que os trabalhos a campo iniciaram (representados principalmente, por áreas irrigadas e cultivares precoces do cereal). Desta forma, segundo informantes, a previsão para um início regular e intensificado está prevista para o começo de junho, período que o clima estará mais seco e as lavouras prontas para a colheita na maior parte do estado”, relata a publicação.

O boletim ainda destaca que o indicador Imea MT fechou a semana em queda de 3,47% e foi cotado à R$ 37,74 a saca, após o inicio da colheita e a recente desvalorização do dólar ante ao real. Até aqui, o estado já negociou 81,99% da produção da safra 2019/20 e já avançou em 29,47% as vendas da próxima safra 2020/21.

B3

A Bolsa Brasileira (B3) operou todo o dia com movimentações negativas para os preços futuros do milho. As principais cotações caiam entre 0,47% e 1,21% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 45,58 com desvalorização de 1,21%, o setembro/20 valia R$ 43,90 com baixa de 0,57%, o novembro/20 era negociado por R$ 46,90 com perda de 0,47%.

A segunda safra de milho 2019/20 no Brasil foi estimada nesta terça-feira em 71,7 milhões de toneladas pela consultoria Agroconsult, que rebaixou a projeção ante os 72,2 milhões vistos mais cedo no mês.

A estimativa ficou ainda 3 milhões de toneladas abaixo do divulgado em 31 de março, durante o evento de encerramento da etapa soja do Rally da Safra. A produtividade média brasileira da chamada "safrinha" é projetada em 90,1 sacos por hectare, 10,8% menor do que na temporada passada, devido à seca em algumas regiões.

Mercado Externo

Já na Bolsa de Chicago (CBOT), a terça-feira (26) termina com ganhos para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,00 e 1,25 pontos.

O vencimento julho/20 era cotado à US$ 3,19 com alta de 1,00 ponto, o setembro/20 valia US$ 3,24 com valorização de 1,25 pontos, o dezembro/20 era negociado por US$ 3,34 com elevação de 1,25 pontos e o março/21 tinha valor de US$ 3,46 com ganho de 1,25 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,31% para o julho/20, de 0,62% para o setembro/20, de 0,60% para o dezembro/20 e de 0,29% para o março/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos se firmaram com o aumento do mercado de ações e energia e o enfraquecimento do dólar norte-americano, provocando uma cobertura reduzida de commodities atingidas pela pandemia de Coronavírus.

“O descongelamento da economia e as pessoas que voltam ao trabalho deram alguma emoção ao mercado”, disse Don Roose, presidente da Commodities dos EUA em West Des Moines, Iowa.

Apesar disso, os ganhos de grãos foram limitados por preocupações persistentes sobre a demanda fraca e a oferta abundante, com o plantio das culturas de primavera dos EUA progredindo em ritmo acelerado.

As chuvas interromperam o plantio de milho em algumas áreas do Meio-Oeste, mas o forte progresso no início da temporada aumentou as expectativas para uma safra grande. Analistas consultados pela Reuters esperam que 90% da safra de milho tenham sido semeados até o último domingo.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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