Milho: terça-feira opõe forças da colheita e alta do dólar nas cotações do Brasil

Publicado em 16/06/2020 16:59
Chicago encerra em alta com queda na qualidade da safra dos EUA

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A terça-feira (16) chega ao final com os preços do milho no mercado físico brasileiro subindo mais do que caindo. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas no Oeste da Bahia (1,33% e preço de R$ 37,00) e Amambai/MS (2,78% e preço de R$ 35,00).

Já as valorizações apareceram nas praças de Pato Branco/PR (1,31% e preço de R$ 38,70), Marechal Cândido Rondon/PR e Ubiratã/PR (1,35% e preço de R$ 37,50), Eldorado/MS (1,43% e preço de R$ 35,50), Londrina/PR (2,74% e preço de R$ 37,50) e Tangará da Serra/MT (3,03% e preço de R$ 34,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, a pressão de baixa no mercado físico do milho é vigente também no início desta semana. “Gradualmente, a disponibilidade do cereal fica mais nítida no mercado interno com a colheita de variedades precoces e a tendência de baixa do dólar”.

O Cepea divulgou nota informando que os preços do milho seguem em queda no mercado brasileiro, influenciados pela pressão de compradores, que estão atentos à colheita da segunda safra.

Segundo colaboradores do Cepea, apesar do atraso do semeio em algumas regiões, o clima favorável na finalização do desenvolvimento tende a elevar a produtividade e resultar em produção recorde. As atividades de campo ainda estão no começo, mas já se observa maior oferta de milho no mercado de lotes.

Nesse cenário, entre 5 e 12 de junho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) caiu 2,6%, fechando a R$ 46,92/sc de 60 kg na sexta-feira, 12.

“As chuvas vieram para muitas microrregiões produtoras em uma fase importante, interrompendo o processo de maiores perdas. O momento atual deve começar a absorver a intensificação dos trabalhos de colheita do cereal”, explica Andrea Cordeiro, consultora em commodities e hedge, ligada ao Grupo Translabhoro, associado à Bolsa Brasileira de Mercadorias.

B3

A Bolsa Brasileira (B3) operou durante todo o dia com movimentações restritas, mas positivas para os preços futuros do milho. As principais cotações registravam flutuações entre 0,04% e 0,43% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 44,50 com ganho de 0,04%, o setembro/20 valia R$ 43,90 com elevação de 0,41% e o novembro/20 era negociado por R$ 46,50 com valorização de 0,43%.

Além da pressão pelo avanço dos trabalhos de colheita, que também pressionam as cotações no mercado físico, os futuros do milho brasileiro seguem influenciados pelas movimentações cambiais, com o dólar bastante volátil neste dia.

Por volta das 16h59 (horário de Brasília) a moeda americana era cotada à R$ 5,23 com alta de 1,62%.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro abriram a terça-feira subindo na Bolsa de Chicago (CBPT), mas encerram o pregão em campo misto. As principais cotações registraram flutuações entre 0,25 pontos negativos e 1,25 pontos positivos ao final do dia.

O vencimento julho/20 foi cotado à US$ 3,29 com baixa de 0,25 pontos, o setembro/20 valeu US$ 3,34 com alta de 0,50 pontos, o dezembro/20 foi negociado por US$ 3,42 com valorização de 1,25 pontos e o março/21 teve valor de US$ 3,54 com elevação de 0,75 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,30% para o setembro/20, de 0,29% para o dezembro/20 e de 0,28% para o março/21, além de estabilidade para o julho/20.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho em Chicago perderam um pouco a força na terça-feira após um dia de negociação positiva depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) relatou condições de safra diminuídas devido ao clima quente recente no cinturão do milho ocidental.

O USDA classificou 71% da safra de milho dos EUA em boas ou excelentes condições em seu relatório semanal após o fechamento do mercado na segunda-feira, caindo da semana passada e abaixo da média das expectativas dos analistas de 75%.

“O catalisador inicial foi o rebaixamento das condições, apesar de pensarmos que o atual padrão climático do oeste quente e seco vai quebrar no final de semana”, disse Tom Fritz, corretor de commodities do EFG Group. Ele observou que os fundos que estão vendendo muito continuam a apoiar o mercado.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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