Preços do milho encerram terça-feira desvalorizados

Publicado em 23/06/2020 17:04
Quedas apareceram no mercado físico, B3 e Chicago

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A terça-feira (23) chega ao final com os preços do milho no mercado físico brasileiro se movimentando para os dois lados. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações em Cândido Mota/SP (1,18% e preço de R$ 43,00), Ponta Grossa/PR (2,38% e preço de R$ 43,00) e Dourados/MS (2,56% e preço de R$ 40,00).

Já as desvalorizações apareceram nas praças de Castro/PR (1,12% e preço de R$ 44,00), Pato Branco/PR (1,23% e preço de R$ 40,20), Ubiratã/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (1,27% e preço de R$ 39,00), Eldorado/MS (1,33% e preço de R$ 37,00) e Oeste da Bahia (1,35% e preço de R$ 43,00)

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira

De acordo com o reporte diário da Agrifatto Consultoria, de olho no dólar, mas com os vendedores reticentes, o preço do milho no mercado físico anota uma leve desvalorização nos últimos dias. “Com o dólar dando trégua por alguns dias consecutivos, o preço do milho no mercado físico inicia a semana com leves quedas”.

O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando que a colheita da segunda safra de milho já foi finalizada em 16,35% das lavouras do Mato Grosso até a última sexta-feira (19). Tal crescimento representa avanço de 8,05 pontos percentuais em relação à semana passada.

O avanço nos trabalhos refletiu também nas movimentações das cotações do cereal no mercado estadual. “Os preços do cereal no estado foram impactados com o avanço da colheita. Assim, fechou a semana cotado a R$ 31,31 a saca, com queda de 1,54%”, diz o boletim.

A estimativa do Instituto para a produtividade média do milho mato-grossense segue sendo de 105,46 sacas pro hectare, o que deve resultar em uma produção de 32.863.044 toneladas para a safra 2019/20.

Já a Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e das principais safras do estado.

O relatório semanal apontou que 4% das lavouras estaduais foram colhidas até a última segunda-feira (22). As áreas restantes se dividem com 39% já em maturação, 57% estão em frutificação e os 4% restantes ainda em floração.

Quanto a qualidade dessas áreas, 44% estão em boas condições, 39% em médias e 17% em condições ruins.

B3

A Bolsa Brasileira operou durante toda a terça-feira (23) com resultados negativos para os preços futuros do milho. As principais cotações registravam movimentações de queda entre 0,54% e 1,80% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 45,80 com baixa de 0,54%, o setembro/20 valia R$ 43,60 com desvalorização de 1,80%, o novembro/20 era negociado por R$ 46,50 com perda de 1,36% e o janeiro/21 tinha valor de R$ 48,32 com queda de 1,29%.

O principal fator de influencia nas cotações do Brasil segue sendo o câmbio, uma vez que o dólar caia 2,07% por volta das 16h22 (horário de Brasília) e era cotado à R$ 5,14.

Conforma o 6º Boletim de Monitoramento Agrícola produzido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a primeira quinzena de junho foi caracterizada pelo retorno das chuvas na região Sul, parte de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, condição climática que beneficiou as lavouras de milho segunda safra em estado de enchimento de grãos e proporcionou a continuidade da semeadura e do desenvolvimento dos cultivos de inverno.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também perderam força nesta terça-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 3,25 e 5,00 pontos ao final do dia.

O vencimento julho/20 foi cotado à US$ 3,25 com baixa de 3,25 pontos, o setembro/20 valeu US$ 3,29 com queda de 4,00 pontos, o dezembro/20 foi negociado por US$ 3,36 com desvalorização de 5,00 pontos e o março/21 teve valor de US$ 3,48 com perda de 4,75 pontos.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,91% para o julho/20, de 1,20% para o setembro/20, de 1,47% para o dezembro/20 e de 1,42% para o março/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho nos Estados Unidos caíram pela segunda sessão consecutiva na terça-feira e atingiram o nível mais baixo de três semanas depois que os dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mostraram inesperadamente uma melhoria nas condições das culturas nos EUA.

O USDA avaliou 72% da safra de milho dos EUA em boas ou excelentes condições em seu relatório semanal de progresso da safra, um aumento de 1 ponto percentual em relação à semana anterior, enquanto analistas consultados pela Reuters esperavam um ligeiro declínio.

“A previsão do tempo para as próximas semanas parece bastante favorável”, disse Terry Reilly, analista sênior de commodities da Futures International.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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