Exportação brasileira de milho salta 113% na terceira semana de julho; volume segue menor do que o de 2019

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da terceira semana de julho.
Nestes 13 dias úteis do mês, o Brasil exportou 1.731.021,1 toneladas de milho não moído, volume 921.610,5 toneladas maior do que o registrado até a segunda semana, acréscimo de 113% nos últimos cinco dias úteis. Com isso, a média diária de embarques ficou em 133.155,5 toneladas.
Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 48,67% menor do que as 257.671,8 do mês de julho de 2019. Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 289.873 milhões no período, contra US$ 1,018 bilhão de julho do ano passado, queda de 49,67%.
Já o preço por tonelada obtido registrou decréscimo de 2,60% no período, saindo dos US$ 171,90 do ano passado para US$ 167,5 neste mês de julho.
O analista de grãos do Rabobank, Victor Ikeda, estima que o Brasil vá exportar 33 milhões de toneladas de milho em 2020 somando-se as 4 milhões já exportadas no primeiro semestre e um volume de 29 milhões nesta segunda metade do ano.
“O câmbio torna o Brasil competitivo no mercado internacional. O produtor norte-americano deve se focar, em um primeiro momento, na venda da soja e segurar um pouco o milho, então isso faz com que tenhamos possibilidade de avançar nas exportações no segundo semestre”, diz Ikeda.
De janeiro a junho, os principais destinos do milho brasileiro foram Taiwan (24%), Japão (13%), Irã (11%), Vietnã (9,5%) e Egito (8,4%). Já nas origens, o cereal brasileiro exportado veio, em sua maioria, do Mato Grosso (48,2%), seguido de Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.
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