Preço do milho cai no Brasil sentindo pressão do dólar
A terça-feira (21) chegou ao final com os preços do milho registrando altos e baixos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações em Cândido Mota/SP (1,15% e preço de R$ 43,00), Brasília/DF (1,28% e preço de R$ 38,50), Porto de Santos/SP (1,96% e preço de R$ 50,00) e Porto Paranaguá/PR (2% e preço de R$ 49,00).
Já as valorizações apareceram nas praças de Cafelândia/PR (1,22% e preço de R$ 41,50), Campinas/SP (1,96% e preço de R$ 52,00), Castro/PR (2,22% e preço de R$ 46,00) e Itapetininga/SP (4,17% e preço de R$ 50,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, a colheita se aproxima do quarto final em boa parte das regiões produtoras e as oscilação do dólar tem aumentado as oscilações do cereal. “Caso o real ganhe força frente ao dólar nas próximas semanas, a disponibilidade do cereal também pode ficar mais evidente”.
O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando que a colheita da segunda safra de milho já foi finalizada em 75,60% das lavouras do Mato Grosso até a última sexta-feira (17). Tal crescimento representa avanço de 14,47 pontos percentuais em relação à semana passada.
A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e das principais safras do estado.
O relatório semanal apontou que 17% das lavouras estaduais foram colhidas até a última segunda-feira (20). As áreas restantes se dividem com 78% já em maturação e os 22% restantes ainda em frutificação.
B3
Já os preços futuros do milho caíram durante toda a terça-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,39% e 1,35% por volta das 15h35 (horário de Brasília).
O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 47,39 com baixa de 1,19%, o novembro/20 valia R$ 48,90 com desvalorização de 1,35%, o janeiro/21 era negociado por R$ 50,80 com perda de 0,78% e o março/21 tinha valor de R$ 51,00 com queda de 0,39%.
A Agrifatto Consultoria analisa que, com mais milho chegando ao mercado, dólar desvalorizando e preços nos EUA em queda, a pressão sobre o cereal brasileiro se fortaleceu. Por volta das 16h54 (horário de Brasília), a moeda americana caia 2,17% e era cotada à R$ 5,21.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também acumularam perdas na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 4,50 e 5,50 pontos ao final do dia.
O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,22 com desvalorização de 5,50 pontos, o dezembro/20 valeu US$ 3,30 com baixa de 5,00 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,41 com queda de 4,75 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,48 com perda de 4,50 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 1,83% para o setembro/20, de 1,49% para o dezembro/20, de 1,45% para o março/21 e de 1,42% para o maio/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho diminuíram após as condições da safra norte-americana ser melhor do que o esperado e com o clima favorável nos Estados Unidos, já que os traders observaram o potencial de rendimento recorde neste outono.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) disse que 69% do milho norte-americano estava em condição boa a excelente, inalterado na semana. Analistas esperavam 68%.