Quarta-feira foi mais um dia de valorização para o preço do milho no Brasil

Publicado em 05/08/2020 16:37 e atualizado em 06/08/2020 09:23
Chicago também sobe após compras técnicas

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A quarta-feira (05) chega ao final com os preços do milho valorizados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as valorizações apareceram em Cândido Mota/SP (1,11% e preço de R$ 45,50), Cascavel/PR (1,14% e preço de R$ 44,50), Rio do Sul/SC (2,22% e preço de R$ 46,00), Oeste da Bahia (2,44% e preço de R$ 42,00) e Brasília/DF (5% e preço de R$ 42,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho trabalhou em alta durante os últimos 10 dias. “A colheita da safrinha não arrefeceu os preços em São Paulo até o momento. Além disto, o dólar também deu sustentação ao cereal”.

A consultoria Itaú BBA destaca ainda que, as cotações voltaram a subir ao longo de julho a despeito do avanço da colheita da safrinha e da valorização do Real. “A razão para isso vem da boa capitalização do produtor após os bons resultados apurados com a soja e do elevado volume de comercialização antecipada, que também tira a pressão para que parte da produção que ainda não foi negociada seja disponibilizada ao mercado”.

O Ifag (Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás) divulgou seu Boletim Semanal de Mercado do Milho apontando que o preço médio da saca do cereal subiu 0,69% no estado, ficando à R$ 39,57. Nas principais regiões produtoras, as cotações também se valorizaram, 1,50% em Cristalina, com preço de R$ 41,00, e 0,75% em Rio Verde, com preço de R$ 39,50.

“As cotações do milho voltaram a subir na maior parte das regiões acompanhadas devido à retração vendedora e à demanda aquecida. Apesar de a colheita avançar, cooperativas e compradores mostram dificuldades em adquirir novos lotes e, quando conseguem, adquirem pequenos volumes para o curto prazo”, diz o relatório.

A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural apontando que 13,4% da segunda safra de milho já foi colhida no estado, no mesmo período do ano passado, a colheita estava em 68,7%, e a média dos últimos 5 anos é de 55%.

“A região norte está com a colheita mais avançada, com média de 25,8%, enquanto a região centro está com 15,8% e a região sul com 10,5% de média. A área colhida até o momento, conforme estimativa do Projeto SIGA, é de aproximadamente 159.162 hectares”, detalha o relatório.

O boletim relata ainda que comercialização da safra avançou para 51,20%, após fechar a última semana em 49,20%, índice é nove pontos percentuais maior do que o registrado no mesmo período de 2019. Já o preço da saca do milho se valorizou 3,76% entre 27 de julho a 03 de julho de 2020, encerrando o período negociado a R$ 39,69.

B3

Os preços futuros do milho operaram durante toda a quarta-feira em alta na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,33% e 1,97% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 52,78 com ganho de 1,64%, o novembro/20 valia R$ 53,45 com elevação de 1,33%, o janeiro/21 era negociado por R$ 54,25 com valorização de 1,97% e o março/21 tinha valor de R$ 53,80 com alta de 1,51%.

Após operar parte do dia em baixa, o dólar recuperou força ante ao real e subia 0,15% por volta das 16h31 (horário de Brasília), sendo cotado à R$ 5,29.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações no Brasil seguem boas, sendo cotadas a cima dos US$ 10,00 a saca na B3.

“A demanda internacional segue crescendo e a China se mantém compradora. O Brasil deve seguir embarcando pesado com grandes volumes saindo dos portos a partir de agosto e isso dá fôlego as cotações. Além disso, a colheita também avança e vai sobrando pouco milho em campo. Assim, quem tem milho na mão se valoriza”, diz Brandalizze.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também registrou uma quarta-feira de ganhos para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 2,75 e 3,50 pontos ao final do dia.

O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,11 com alta de 2,75 pontos, o dezembro/20 valeu US$ 3,23 com elevação de 3,00 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,35 com ganho de 3,25 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,43 com valorização de 3,50 pontos.

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,97% para o setembro/20, de 0,94% para o dezembro/20, de 0,90% para o maio/21 e de 0,88% para o março/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos aumentaram na quarta-feira, apoiados por uma rodada de pechinchas e coberturas curtas, após registrar quedas acentuadas no dia anterior.

Apesar disso, os ganhos do milho foram limitados pelas expectativas de que o fornecimento da cultura continuará alto.

“Os grãos não tinham para onde ir, mas subiram hoje, depois de um fechamento fraco ontem. As grandes perspectivas de safra nos EUA continuam sendo o elefante na sala”, disse Matt Zeller, diretor de informações de mercado da StoneX, em nota aos clientes.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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