Milho: 4ªfeira contabiliza ganhos no físico e na B3

Publicado em 19/08/2020 16:28
Chicago cai novamente após relatos de boas produtividades

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A quarta-feira (19) chegou ao final com os preços do milho valorizados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as elevações apareceram em Porto Santos/SP (1,64% e preço de R$ 62,00), Porto Paranaguá/PR (1,75% e preço de R$ 58,00), Ponta Grossa/PR (2% e preço de R$ 51,00), Jataí/GO, Rio Verde/GO e Amambaí/MS (2,22% e preço de R$ 46,00), Brasília/DF (3,23% e preço de R$ 48,00), Dourados/MS (4,17% e preço de R$ 50,00) e Luís Eduardo Magalhães/BA (4,44% e preço de R$ 47,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho segue firme em São Paulo. “Apesar disto, o volume negociado nesta semana no estado foi mínimo, com compradores evitando negociar volumes relevantes e o produtor retendo o cereal”.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado do milho segue firme com a colheita já em reta final, restando apenas 10% ainda por colher no Brasil.

“O mercado vai continuar firme. Muita gente esperava que as usinas de etanol que compraram muito milho antecipado vendessem esse milho e não estão vendendo, eles vão usar para fazer o etanol e DDG e isso deixa o mercado enxuto”, diz o analista.

Brandalizze destaca também que os vendedores estão ausentes do mercado e o comprador da indústria já fala em R$ 60,00 a saca para o milho no Sul e Sudeste do país, sem muitas opções de compra.

“A safra de milho do ano que vem também já avançou forte com cerca de 30% já negociada para 2021. Os negócios estão fluindo rápido e já tem vendas para 2022 no milho também. O produtor está aproveitando as oportunidades, fazendo as trocas com relação bem favorável e garantindo o custo de produção apostando em uma grande safrinha, provavelmente a maior da história em 2021”, aponta.

B3

Os preços futuros do milho operaram durante todo o dia no campo alto da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,19% e 1,70% por volta das 16h21 (horário de Brasília).  

O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 59,84 com alta de 1,30%, o novembro/20 valia R$ 59,15 com valorização de 1,70%, o janeiro/21 era negociado por R$ 59,40 com ganho de 1,19% e o março/21 tinha valor de R$ 58,30 com elevação de 1,30%.

Os contratos do cereal brasileiro abrem buscaram se recuperar após cair entre 1,34% e 2,58% na última terça-feira depois de acumular nove dias consecutivos de altas.

As movimentações cambiais também deram suporte ao milho. Por volta das 16h23 (horário de Brasília), a moeda americana valia R$ 5,53 com alta de 1,17%.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro seguiram caindo nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,00 e 2,00 pontos ao final do dia.

O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,25 com desvalorização de 2,00 pontos, o dezembro/20 valeu US$ 3,39 com perda de 2,00 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,52 com queda de 1,50 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,60 com baixa de 1,00 ponto.

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,61% para o setembro/20, de 0,59% para o dezembro/20, de 0,56% para o março/21 e de 0,28% para o maio/21.

Segundo informações da Agência Reuters, o milho de Chicago caiu, já que um tour de safra no meio-oeste estimou rendimentos mais altos, compensando as preocupações com os danos da tempestade de ventos em Iowa.

A publicação relata que os olheiros da excursão de safra observaram fortes perspectivas de produção de milho em Ohio e Dakota do Sul e potencial de safra acima da média em Nebraska e Indiana, voltando a atenção para o potencial de uma safra abundante após os danos da tempestade no principal estado produtor de milho de Iowa na semana passada ameaçando as perspectivas de colheita.

“Teremos ótimas safras, mas o mercado já sabe disso. É notícia velha. Acho que você pode ver uma surpresa no lado positivo, se o rendimento não for tão bom”, disse Mike Seery, presidente da Seery Futures.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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