Preço do milho cai na B3 com realização de lucros nesta 5ªfeira

Publicado em 22/10/2020 19:01 e atualizado em 23/10/2020 09:35
Chicago contabiliza leves ganhos em compras técnicas

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A quinta-feira (22) chega ao final com os preços do milho ainda subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Cafelândia/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Brasília/DF, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Oeste da Bahia, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP (2,50% e preço de R$ 82,00), Porto Paranaguá/PR (1,39% e preço de R$ 73,00) e Porto Santos/SP (2,50% e preço de R$ 82,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho têm tido poucos negócios já que as ofertas de compra versus as ofertas de venda se distanciaram. “A volatilidade imperou nos últimos dias com a alta do dólar”.

Ainda nesta quinta-feira, a consultoria StoneX realizou uma apresentação online sobre o cenário de mercado das principais produções brasileiras. Olhando para o milho, a analista de mercado Ana Luiza Lodi destacou que o preço está fortalecido e isso aumenta a intenção de plantio para a segunda safra 2021.

“Esse plantio pode ultrapassar os 14 milhões de hectares, mas ainda existem dúvidas devido ao atraso na semeadura da soja. Mesmo assim, 39% desta produção já está vendida, um patamar mais acelerado do que o de anos anteriores”, diz.

A analista destaca ainda que o cenário é de preços fortalecidos até sabermos melhor como será essa segunda safra, já que a safra verão está sofrendo com problemas climáticos no Sul e sua produção (estimada em 27 milhões de toneladas) não deve ser suficiente para abastecer o consumo interno com os estoques de passagem do ciclo 19/20 em 10,4 milhões de toneladas.

“O consumo interno de carnes atuou para a elevação da demanda interna de milho. Além disso, a produção de etanol está se recuperando da queda durante a pandemia e retomando sua trajetória de crescimento ao longo dos anos. Assim, o futuro das cotações vai depender muito do que será efetivamente plantado na safrinha de 2021”, aponta Lodi.

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B3

Após acumularem grandes ganhos nos últimos dias, os preços futuros do milho caíram na Bolsa Brasileira (B3) nesta quinta-feira. As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,70% e 1,37%% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 82,85 com baixa de 1,28%, o janeiro/21 valia R$ 82,89 com desvalorização de 1,37%, o março/21 era negociado por R$ 82,30 com perda de 0,70% e o maio/21 tinha valor de R$ 77,00 com queda de 1,31%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado da B3 realizou lucros após ultrapassar a barreira dos R$ 85,00 a saca nesta quinta-feira. “O outro fator importante é que o milho importado americano chegaria aos portos do Sul às US$ 13,00 a saca então esse já é um limite. Os preços nacionais maiores do que R$ 80,00 ficam bastante acima e o milho importado se torna competitivo”, explica.

Brandalizze destaca ainda que a pressão de compras dos granjeiros, que estava presente no início da semana, não existe mais e a indicação de chuvas no Centro-Oeste também dá uma acalmada no mercado, que começa a ver que vai dar para plantar a safrinha em fevereiro/março e vir uma grande produção.

“O mercado está no topo da montanha com níveis recordes. Ele consegue girar, se tiver milho disponível, perto dos R$ 80,00 ou R$ 83,00 junto à indústrias de pequeno porte e aos granjeiros”, finaliza.

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Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro subiram nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,25 e 2,50 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,16 com valorização de 2,50 pontos, o março/21 valeu US$ 4,18 com alta de 1,50 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,19 com elevação de 1,25 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,19 com ganho de 1,25 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 0,73% para o dezembro/20, de 0,48% para o março/21, de 0,24% para o maio/21 e de 0,24% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, o milho foi o único ponto positivo hoje na Bolsa de Chicago, mantendo-se com ganhos modestos, já que os traders continuam a equilibrar o otimismo das exportações contra a pressão da colheita.

“Preços do milho desbotou no final da sessão de quinta-feira, mas conseguiu manter ganhos modestos até o fechamento, graças a algumas compras técnicas leves provocadas pelo otimismo das exportações”, aponta o analista Ben Potter.

Em seu novo relatório de vendas de exportações, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou que as vendas de milho superaram a média das quatro semanas anteriores em 21%, após atingir 72,1 milhões de bushels. Essa contagem foi maior do que todas as estimativas de comércio, que variaram entre 31,5 milhões e 55,1 milhões de bushels. 

O Japão liderou todos os destinos, com 19,3 milhões de bushels. Os totais acumulados para o ano comercial de 2020/21 começaram muito mais fortes em comparação com o ano anterior, com 212,2 milhões de bushels.

Os embarques de exportação de milho também ficaram 7% acima da média das quatro semanas anteriores, com 35,4 milhões de bushels. A China foi o destino número 1, com 14,3 milhões de bushels. México, Japão, Arábia Saudita e Colômbia completam os cinco primeiros.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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