B3 olha colheita acontecendo no Brasil e futuros recuam nesta 5ªfeira
A quinta-feira (26) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando mais um dia negativo na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento julho/22 foi cotado à R$ 90,68 com perda de 0,69%, o setembro/22 valeu R$ 93,35 com desvalorização de 1,02%, o novembro/22 foi negociado por R$ 95,70 com queda de 0,74% e o janeiro/23 teve valor de R$ 97,95 com baixa de 0,56%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está vendo que a colheita da segunda safra começou e as produtividades estão boas nas primeiras áreas colhidas, que foram as plantadas dentro do período ideal.
“São lavouras de 120, 150 sacas por hectare, mas o produtor não quer colocar isso na praça para não pressionar ainda mais o mercado. Só que o mercado nacional hoje é totalmente vinculado ao mercado internacional e ao porto e com esse movimento todo não se consegue pagar mais do que R$ 96,00 para exportação no porto em dezembro”, pontua.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou pequenos recuos neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou nenhuma valorização, mas identificou desvalorizações em Ponta Grossa/PR, Dourados/MS e Amambai/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a saca do milho em Campinas/SP recua para R$87,50 seguindo o movimento de acomodação do mercado doméstico”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também encerraram as atividades desta quinta-feira operando no campo negativo da Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento julho/22 foi cotado à US$ 7,65 com desvalorização de 7,25 pontos, o setembro/22 valeu US$ 7,34 com baixa de 5,75 pontos, o dezembro/22 foi negociado por US$ 7,18 com perda de 4,50 pontos e o março/23 teve valor de US$ 7,22 com queda de 4,25 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (25), de 0,91% para o julho/22, de 0,68% para o setembro/22, de 0,69% para o dezembro/22 e de 0,69% para o março/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho estavam um pouco mais fracos devido à pressão dos dados de exportação decepcionantes.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) disse que as vendas semanais de exportação de milho totalizaram 210 mil toneladas, abaixo das previsões que variaram de 350 mil a 1,3 milhão de toneladas.
Para o analista de mercado do Blog Price Group, Jack Scoville, a tendência do milho no momento é para baixo. “A China tem um surto de Covid e fechou algumas cidades e alguns portos em resposta. Brasil e China chegaram a um acordo sobre regras fitossanitárias para que o Brasil possa agora exportar milho para a China”, explica.
0 comentário
Demanda forte e produtor segurando vendas está sustentando altas nos preços do milho
Cotações do milho oscilam no campo misto da B3 nesta sexta-feira
Bolsa Brasileira abre a sexta-feira com futuros do milho registrando poucas movimentações
Radar Investimentos: A demanda interna por milho no Brasil segue forte
Agricultores argentinos interrompem plantio de milho em terras agrícolas secas na região Oeste
Milho: Preços na B3 registram mais um dia de alta nesta 5ª feira