Milho se fortalece na B3 e encerra a 4ªfeira operando acima dos R$ 90,00

Publicado em 15/06/2022 16:28 e atualizado em 16/06/2022 09:10
Chicago sobe no curto com mercado a vista e fica estável nos longos

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A quarta-feira (15) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando novas movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3), com as principais cotações flutuando na faixa entre R$ 90,00 e R$ 98,00. 

O vencimento julho/22 foi cotado à R$ 90,16 com valorização de 1,36%, o setembro/22 valeu R$ 92,95 com ganho de 0,98%, o novembro/22 foi negociado por R$ 95,10 com alta de 1,07% e o janeiro/22 teve valor de R$ 98,00 com elevação de 1,07%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, essa foi uma alta momentânea o mercado internacional impactando, mas o mercado de porto ainda segue encolhendo suas relações. 

“O pessoal fala em milho no porto entre R$ 92,00 e R$ 97,00 até novembro e dezembro, cotações que pagavam R$ 100,00 até alguns atrás. O mercado doméstico também está estável de R$ 81,00 a R$ 84,00 no Rio Grande do Sul e de R$ 75,00 a R$ 80,00 no Paraná”, diz Brandalizze. 

Apenas nos 8 primeiros dias úteis de junho, o Brasil já exportou 288,676,5 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).  Sendo assim, o volume acumulado neste período corresponde já é 213,2% maior do que as 92.169,3 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de junho de 2021.  

No mesmo período, o país importou 51.372,1 toneladas de milho, que já é 55,9% de tudo o que foi registrado na totalidade de junho de 2021 (116.732 toneladas).  

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve movimentações de altas e baixas nesta véspera de feriado nacional. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Palma Sola/SC, Dourados/MS e Porto Paranaguá/PR. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Pato Branco/PR, São Gabriel do Oeste/MS e Porto de Santos/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com maior apetite exportador, a saca de milho valoriza no mercado doméstico com preço médio de R$86,50 em Campinas/SP”. 

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Mercado Externo 

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) finalizou as atividades desta quarta-feira muito próxima da estabilidade para os preços internacionais do milho futuro. Com exceção do primeiro contrato, que registrou elevações, os demais ficaram praticamente inalterados.  

O vencimento julho/22 foi cotado à US$ 7,74 com elevação de 5,75 pontos, o setembro/22 valeu US$ 7,29 com perda de 0,50 pontos, o dezembro/22 foi negociado por US$ 7,21 com baixa de 0,25 pontos e o março/22 teve valor de US$ 7,26 com estabilidade. 

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira (14), de 0,78% para o julho/22, além de estabilidade para o setembro/22, para o dezembro/22 e para o março/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho foram mistos, com os fortes mercados à vista domésticos nos Estados Unidos apoiando os futuros próximos de julho na Chicago Board of Trade. 

A publicação ainda destaca que, os comerciantes de milho e soja estavam monitorando um período de calor no Centro-Oeste norte-americano, onde o plantio de ambas as safras está quase completo após um início lento devido ao clima frio e úmido em abril e maio. 

“Inicialmente, esse clima quente e seco será bom para as lavouras, precisávamos dele. Mas se durar muito mais, passará de bom a ruim rapidamente”, disse Jack Scoville, analista do Price Futures Group em Chicago. 

Julie Ingwersen, da Reuters Chicago, destaca ainda que enquanto isso, os temores de uma desaceleração econômica, alimentada pelo aumento da inflação e bloqueios na China para combater novos surtos de COVID-19, desviaram a atenção da interrupção do fornecimento de grãos causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

“As tendências globais de inflação e crescimento são cada vez mais uma preocupação e, de forma preocupante, um cenário de base recessivo é para onde muitos investidores parecem estar indo”, disse Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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