Pressionado pela entrada da safrinha, milho fecha 5ª feira com mais de 1% de baixa na B3
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A quinta-feira (29) foi mais um dia de baixas para os preços do milho. Na B3, as cotações finalizaram o pregão perdendo, novamente, mais de 1% nas posições mais negociadas, levando o julho a R$ 62,65 e o setembro a R$ 63,72 por saca. Quem se destacou foi o janeiro/26, que terminou o dia com uma pequena alta de 0,08% e R$ 71,21 por saca.
Os futuros do cereal reagem a uma combinação de fatores neste momento, mantendo-se ainda muito volátil não só na B3, mas também na Bolsa de Chicago. Além disso, a volatilidade, segundo explicam analistas e consultores de mercado, se intensifica diante da diferença entre os preços do milho nos mercados físico e futuro.
Todavia, o avanço da colheita da segunda safra aliada a mais um dia de baixa do dólar frente ao real e queda nos preços do milho em Chicago pesam sobre o mercado na B3. O clima é mais um ponto de atenção, porém, os riscos de geadas severas ficaram menores e também dão espaço para ajustes e realização de lucros.
"Teremos uma safra muito boa, salvo um problema nunca antes visto na história com frio excessivo, e eu falo isso porque nunca tivemos uma grande perda, considerável, por conta de geadas. Então, é um mercado que vai estar pressionado pela grande oferta do Brasil, somada a uma safra americana que vem muito bem. Por outro lado, a demanda é muito agressiva. O estoque mundial deve cair pelo segundo ano consecutivo, mesmo com os EUA produzindo mais de 400 milhões de toneladas, e o mundo vai consumir mais milho do que produzir. E isso, por si só, já é um fator positivo", explica o analista de mercado e diretor da Pátria Agronegócios, Cristiano Palavro.
BOLSA DE CHICAGO
Os preços do milho na Bolsa de Chicago perderam de 2 a 4 pontos nos principais vencimentos, com o julho encerrando o pregão com US$ 4,47 e o dezembro com US$ 4,41 por bushel.
"A expectativa é de uma produção de 105 milhões de tonelaas. A maior oferta e preços mais competitivos fez o milho brasiloro voltar a ganhar espaço nas exportações, vencendo um tender na Ásia", explica a Agrinvest Commodities. "Nos EUA, o clima voltou a colaborar. As previsões indicam tempo mais seco nos próximos dias, favorecendo o avanço do plantio e o desenvolvimento inicial das lavouras. Além disso, ontem saíram rumores de cancelamento da safra velha".
Os mercados, nesta quinta-feira, também reagem à notícia de que o Trubnal de Comércio Internacional julgou que Donald Trump extrapolou em sua cobrança de tarifas sobre produtos de outros países. Assim, decidiu a favor de uma liminar permanente, suspendendo as tarifas globais de Trump antes mesmo que acordos com a maioria dos outros parceiros comerciais sejam firmados.
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