Milho: Mercados têm 3ª feira de lateralização nas bolsas, mas preços permanecem firmes no interior do BR

Publicado em 07/10/2025 15:41
Agrinvest destaca oferta restritas no interior de SP e liquidez limitada

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A terça-feira (7) foi, mais uma vez, de estabilidade para os preços do milho negociados tanto na Bolsa de Chicago, quanto na B3. Durante todo o dia, os futuros do cereal caminharam de lado, sem exibir movimentos intensos, que pudessem direcionar o mercado. Nem mesmo a boa alta do dólar frente ao real nesta terça permitiu ganhos mais intensos do grão no mercado nacional. 

"O governo federal pode estar paralisado, mas os mercados de commodities e financeiro continuam a emitir sinais e pistas sobre as perspectivas de longo prazo. No milho, alguns padrões de preços sugerem alguma perspectiva mais positiva para os preços", afirma o analista de mercado internacional Bryce Knorr, do portal The Farm Futures. 

Ainda assim, os traders continuam operando às cegas, sem dados oficiais, principalmente os do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). A colheita continua acontecendo no país, se desenvolve em bom ritmo e o mercado já sabe que vai se deparar com uma safra recorde, de mais de 420 milhões de toneladas. 

Com isso, os preços do milho concluíram a terça-feira perdendo pouco mais de dois pontos nos principais vencimentos, levando o dezembro a US$ 4,19 e o março a US$ 4,36 por bushel. 

Outro fator que pesou sobre o milho neste pregão foram as baixas do trigo, que passaram de 1%. "A Rússia começou a ficar mais ofertada e mais agressiva nos preços que o trigo americano e isso tem pressionado o ativo na CBOT e na Euronext. Já o milho americano permanece como a opção mais barata no curto prazo, mas com a entrada da colheita da safra de soja e milho, os basis locais estão pressionados", afirmam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities. 

E apesar de alguma expectativa de redução na estimativa da safra de milho dos EUA no próximo reporte mensal de oferta e demanda do USDA - quando for reportado -, a oferta será grande, como complementa a consultoria. 

B3

Há algumas semanas, o mercado do milho vem trabalhando de lado na B3 e nesta terça-feira voltou a fechar em campo misto. O dólar subiu frente ao real e é um suporte considerável para as cotações. No entanto, alguns soluços da demanda têm pressionado, mesmo que pontualmente, os futuros do cereal na bolsa brasileira. 

Apesar disso, no interior do Brasil, há firmeza nas cotações. "O interior paulista segue com ofertas restritas e pouca liquidez, forçando compradores a pagar mais caro. O milho tributado de outras regiões não é competitivo diante de fretes, margens e impostos, mantendo a preferência pelo mercado interno", afirma a Agrinvest. 

A consultoria explica também que os preços em estados como Minas, Goiás e Mato Grosso não fecham a conta para São Paulo, "deixando o mercado em alerta. A expectativa é de novas quedas após o retorno das chuvas, mas não há consenso. Produtores capitalizados tendem a vender devagar, obrigando compradores a consumir estoques antes de repor". 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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