Cid Gomes é demitido do Ministério da Educação após agravar crise com Congresso

Publicado em 18/03/2015 18:35
o anuncio foi feito agora a pouco pelo próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha

Depois de provocar a ira de deputados governistas e de oposição, a quem chamou de "achacadores", e comprar briga com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro da Educação, Cid Gomes, foi demitido do cargo na tarde desta quarta-feira. A informação foi divulgada pelo próprio presidente da Câmara e recebida com aplausos pelo plenário.

Cid Gomes é o primeiro ministro a deixar o posto desde o início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Oficialmente, ele disse ter entregado o cargo imediatamente após abandonar uma sessão da Câmara na esteira de um bate boca com deputados - o Palácio do Planalto confirmará a versão. Porém, sua saída foi uma reação imediata à ameaça do feita pela bancada do PMDB de não votar mais projetos enviados pelo governo caso Gomes permanecesse no cargo.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou a saída de Cid Gomes (Educação) do governo da presidente Dilma Rousseff da seguinte forma:

"Comunico à Casa o comunicado que recebi do chefe da Casa Civil comunicando a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes", disse Eduardo Cunha na tarde desta quarta-feira (18).

A decisão foi tomada após uma sessão conturbada no Congresso, onde Gomes foi convocado a prestar esclarecimentos sobre fala de que a Casa tem grande maioria de achacadores.

O PMDB havia exigido a demissão de Cid depois que o ministro reiterou a sua afirmação. A expectativa do governo e da Câmara era que ele se desculpasse pelas declarações e tentasse recompor suas relações.

Ao invés disso, Cid Gomes dirigiu-se ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o dedo em riste e vociferou: "Prefiro ser acusado de mal educado a ser acusado de achacador como ele [Cunha], que é o que dizem dele as manchetes dos jornais".

Antes, o ministro já havia dito que quem é da base aliada do governo tem de votar com o governo. "Ou larguem o osso. Saiam do governo."

Assim que deixou a Câmara, o ministro foi chamado para ter uma conversacom a presidente Dilma.

A demissão de Cid é uma tentativa do governo de evitar que a relação com a Câmara dos Deputados se complique mais ainda, o que aproximaria a possibilidade do Planalto ver derrotados no Congresso projetos de seu interesse. 

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Fonte:
Veja + Folha de S. Paulo

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1 comentário

  • victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG

    O limite deste governo está em 13% de sua capacidade de aprovação... Mas já há três meses vem operando com seu "volume morto"...

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Essa presidenta com sua manias!! TREZE (13) por cento ! Este é o limite do cúmulo da MENTIRA PETISTA!! Não seria DOZE (12) por cento? Ou qualquer outro número próximo do FATÍDICO... TREZE ???

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