Bovespa fecha em alta com exterior e Vale, mas apreensão com cena local reduz avanço

Publicado em 08/09/2015 17:12

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta terça-feira, puxado pelas ações de bancos privados e da Vale e tendo como pano de fundo o cenário externo favorável, mas longe das máximas por cautela ante potenciais alternativas que o governo federal pode buscar para ajustar as contas públicas.

O Ibovespa subiu 0,57 por cento, a 46.762 pontos. No melhor momento, o índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 1,6 por cento. O volume financeiro totalizou 5,3 bilhões de reais.

A volta do feriado também marcou a estreia da nova composição do Ibovespa que irá vigorar até 30 de dezembro e que trouxe entre as novidades a inclusão da Equatorial Energia, que recuou 0,67 por cento, e da Raia Drogasil, que subiu 1,49 por cento.

No exterior, o índice acionário norte-americano S&P 500 fechou em alta de 2,51 por cento, com investidores na volta do feriado prolongado também nos EUA repercutindo novas medidas na China visando atenuar o recente estresse no mercado acionário chinês.

Dados mais fracos do que o esperado sobre o comércio exterior da China também alimentaram expectativas de novos estímulos econômicos por Pequim.

No Brasil, novas sinalizações do governo sobre um aumento potencial da tributação para melhorar os números das contas públicas reforçaram a cautela. Embora um aumento de impostos possa melhorar o quadro fiscal, também poderia ter efeito indesejado nos resultados de empresas e no consumo.

Entre as notícias, operadores destacaram comentários do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em Paris nesta terça-feira, de que o aumento do Imposto de Renda da Pessoa Física pode ser um dos caminhos para auxiliar no ajuste fiscal, conforme informaram sites de jornais.

DESTAQUES

=VALE fechou com as preferenciais em alta de 4,28 por cento nas preferenciais de classe A, em meio ao avanço dos preços do minério de ferro na China.

=CSN e GERDAU avançaram 5,71 e 3,29 por cento, respectivamente, em meio ao anúncio da Gerdau aos clientes de reajuste de 15 por cento nos preços de aços longos, conforme apurou a Reuters. A notícia foi publicada incialmente pela Agência Estado. A USIMINAS subiu 7,8 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa. De acordo com profissionais do mercado, a intensidade da alta do setor siderúrgico também é explicada pelo fato dessas ações terem "beta elevado", ou seja, tendem a se mover com mais força do que a média na bolsa, além de efeito de operações do mercado de aluguel e fraco desempenho nos últimos meses.

=ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO avançaram 1,1 e 2,33 por cento, respectivamente, respondendo por importante suporte de alta do Ibovespa, dada a relevante fatia que detêm no Ibovespa, de um pouco mais que 17 por cento de acordo com a nova composição do índice.

=CCR desabou 6,76 por cento, liderando as perdas do Ibovespa, após decisão da Justiça de São Paulo, divulgada na sexta-feira, invalidar aditivo de 2006 que havia reequilibrado o contrato de concessão da concessionária AutoBan, uma das principais do grupo de infraestrutura.

=BRASKEM cedeu 1,81 por cento, após informar na sexta-feira ter assinado novo contrato de compra de nafta petroquímica da Petrobras, com validade até 31 de outubro. Segundo comunicado ao mercado, o contrato tem as mesmas condições comerciais do último aditivo contratual que venceu no fim de agosto.

=LIGHT, que não está no Ibovespa, recuou 3,42 por cento, após o Conselho de Administração da companhia elétrica aprovar na sexta-feira contrato com a BNDES Participações (BNDESPar) envolvendo opção de venda de ações da Renova Energia. "Grande decepção", disse o Credit Suisse em título de nota a clientes avaliando negativamente a notícia. A opção de venda poderá ser exercida pelo BNDESPar em três tranches.

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Fonte:
Reuters

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