Trump acusa China de 'vai e vem' no acordo para negociar com 'democratas fracos'

Publicado em 08/05/2019 13:58

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O vice-premier da China, Liu He, chega a Washignton para uma visita de dois dias de continuidade das negociações que poderiam dar fim à guerra comercial entre os dois países que já dura mais de um ano. A estada de He será mais curta do que o inicialmente planejado e uma coisa é certa: os chineses não farão mais concessões aos americanos. 

No entanto, em seu Twitter, novamente o presidente americano Donald Trump se posicionou nesta quarta-feira (8), acusando a China de estar esperando para negociar com democratas depois das eleições do ano que vem.  

"A razão para a China ir e voltar nas renegociações sobre o acordo comercial é a sincera esperança de que possam "negociar" com Joe Biden ou algum dos outros fracos democratas, e assim continuar a levar US$ 500 bilhões dos EUA nos próximos anos. Sabe do que mais? Isso não vai acontecer. A China nos informou que seu vice-premier está vindo aos EUA para fazer um acordo. Veremos, mas estou muito feliz com cerca de US$ 100 bilhões em tarifas por ano enchendo os cofres americanos. Bom para nós, não para a China!". 

Tweets Donald Trump

Joe Biden foi o vice-presidente de Barack Obama e é um dos candidatos mais fortes do lado dos Democratas para as eleições presidenciais de 2020. Biden, porém, ainda nem mesmo ganhou a nomeação do partido. Entretanto, há, de fato, no mercado como um todo uma linha de análises sobre o conflito que trabalha com a hipótese de que os chineses poderiam estar esperando, de fato, as próximas eleições americanas para se posicionar. Esse, porém, é mais um fato que segue no campo das especulações. 

Leia mais:

>> Como as eleições presidenciais nos EUA podem interferir na guerra comercial com a China

A declaração do presidente americano veio na sequência de um anúncio oficial de Pequim que não há escolha para o governo da China a não ser responder a qualquer escalada tarifária imposta pelos EUA. "O aumento das tensões comerciais, porém, não atende aos interesse nem ao povo dos dois países ou do mundo", se posicionou o Ministério do Comércio da China nesta quarta-feira. 

Desde o último domingo (5), quando Trump anunciou, também no Twitter, que irá aumentar as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses de 10% para 25%, as especulações se intensificaram, bem como a ansiedade do mercado financeiro global. Inclusive, havia apostas de que a visita de Liu He de Xi Jinping nem mais aconteceria nesta semana. 

O que se conhece até este momento é de que há ainda dezenas de pontos de desacordo entre os dois países. A Reuters Internacional, nesta quarta-feira (8), publicou uma notícia de que a China teria "voltado atrás em quase todos os aspectos do acordo comercial com os EUA". Assim, o mercado agora busca entender quais aspectos são estes. 

Os pontos que estariam ainda no centro da mesa e emperrando o avanço das negociações passariam pelas questões de propriedade intelectual, tecnologia, subsídios do governo chinês à indústrias locais, mudanças de legislação para empresas estrangeiras, menos intervenções do governo, entre outras questão que há anos, antes ainda do início declarado da guerra comercial, já criavam polêmicas entre os dois países. 

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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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