BC mantém Selic em 13,75% sem sinalizar com clareza corte à frente
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(Reuters) - O Banco Central manteve a taxa de juros em 13,75% nesta quarta-feira, como amplamente esperado, mas, não sinalizou com clareza a possibilidade de um corte em agosto, como era a expectativa do mercado.
O Comitê de Política Monetária reforçou que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por "período prolongado" tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação e afirmou que os próximos passos da política monetária dependerão da evolução dos núcleos de inflação, das expectativas e projeções, do hiato do produto e do balanço de riscos.
LEONARDO COSTA, ECONOMISTA DA ASA INVESTMENTS
"Discurso mais 'hawk', quem esperava que ele indicasse queda já em agosto pode ficar frustrado, ainda muito condicionado à queda maior dos núcleos e recuo maior das expectativas (sem muita celebração no recuo recente, foco na meta). Seguimos na aposta de manutenção do 13,75% por mais tempo."
RAFAELA VITÓRIA, ECONOMISTA-CHEFE DO BANCO INTER
"Acho que o comunicado foi menos hawkish que o passado, de fato a gente viu uma mudança. Tanto a retirada da possibilidade de uma alta, e incluir que o próximo passo vai depender de dados. Mas ele foi bem sutil na possibilidade de alguma alteração, disse que depende dos dados. Se a gente considerar que o mercado precifica bem uma queda para agosto, acho que ele deixou mais em aberto do que confirmou essas expectativas para agosto."
JOSÉ MÁRCIO CAMARGO, ECONOMISTA-CHEFE DA GENIAL INVESTIMENTOS
"O comunicado foi menos duro do que têm sido os comunicados anteriores, tentando chamar atenção para alguns pontos positivos, e alguns pontos negativos, mas deixando em aberto a possibilidade de quando vai começar efetivamente a redução da taxa de juros, em qual reunião isso vai acontecer. Foi retirada a projeção que o Copom mantinha a taxa Selic constante até o final de 2024, o que na minha avaliação indica que esse cenário se tornou muito pouco provável."
CARLA ARGENTA, ECONOMISTA-CHEFE DA CM CAPITAL
"O comunicado do Banco Central desta quarta-feira surpreendeu o mercado pelo seu conservadorismo. A instituição, de fato, tirou a oração que mencionava que, embora com menor probabilidade, existia sim alguma chance de o início de um novo ciclo de aperto monetário. Apesar dessa retirada, ela não fez nenhuma sinalização sobre a evolução futura da taxa de juros, muito menos sobre uma eventual queda na próxima reunião. Isso que era esperado pelo mercado não aconteceu. O Banco Central mantém a porta aberta para a continuidade desses juros por um período mais longo, por um período mais elevado, até que efetivamente a instituição entenda que a inflação não é mais um risco para o país."
(Por Redação Brasília)
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