EUA dizem que acordo com Pequim vai acelerar exportação de terras raras da China
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Por Nandita Bose e David Lawder
PEQUIM (Reuters) - Os Estados Unidos chegaram a um entendimento com a China sobre como agilizar os embarques de terras raras chinesas, disse uma autoridade da Casa Branca nesta quinta-feira, em meio a esforços para encerrar uma guerra comercial entre as maiores economias do mundo.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse anteriormente que os Estados Unidos haviam assinado um acordo com a China na quarta-feira, sem fornecer detalhes adicionais, e que poderia haver um acordo separado que "abriria" a Índia.
Durante as negociações comerciais em maio, em Genebra, a China se comprometeu a remover as contramedidas não tarifárias impostas aos Estados Unidos desde 2 de abril, embora não estivesse claro como algumas dessas medidas seriam revogadas.
Como parte de sua retaliação contra as tarifas dos EUA anunciadas pelo presidente Donald Trump, a China suspendeu as exportações de uma ampla gama de minerais e ímãs essenciais, interrompendo as cadeias de oferta fundamentais para montadoras, fabricantes aeroespaciais, empresas de semicondutores e contratantes militares ao redor do mundo.
"O governo e a China concordaram com um entendimento adicional para uma estrutura para implementar o acordo de Genebra", disse um funcionário da Casa Branca na quinta-feira.
O entendimento é "sobre como podemos implementar a agilização de remessas de terras raras para os EUA novamente", disse a autoridade.
Um outro funcionário do governo disse que o acordo entre os EUA e a China ocorreu mais cedo nesta semana.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse segundo a Bloomberg: "Eles vão nos entregar terras raras" e, quando fizerem isso, "retiraremos nossas contramedidas".
Nesta sexta-feira, o Ministério do Comércio da China disse que os dois países confirmaram recentemente detalhes sobre a estrutura de implementação do consenso das negociações comerciais de Genebra. Ele disse que a China aprovará os pedidos de exportação de itens controlados de acordo com a lei. Não mencionou as terras raras.
Embora o acordo mostre um potencial progresso após meses de incertezas e perturbações comerciais desde que Trump assumiu o cargo em janeiro, ele também ressalta o longo caminho a ser percorrido até um acordo comercial final e definitivo entre os dois rivais econômicos.
De acordo com uma fonte do setor, a China tem levado "muito a sério" suas restrições de uso duplo para terras raras e tem avaliado os compradores para garantir que os materiais não sejam desviados para usos militares dos EUA. Isso desacelerou o processo de licenciamento.
O acordo de Genebra fracassou devido às restrições impostas pela China às exportações de minerais essenciais, levando o governo Trump a responder com seus próprios controles de exportação, impedindo remessas de software de design de semicondutores, aeronaves e outros produtos para a China.
(Reportagem de Joe Cash e da Redação em Pequim)
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