Consórcio Norte Energia vence leilão para construir usina Belo Monte

Publicado em 22/04/2010 07:55
O Consórcio Norte Energia, formado por estatais e empresas privadas, venceu o leilão para construir a usina de Belo Monte, no Pará. O dia foi marcado pela disputa judicial.

Ainda era noite quando ativistas do Greenpeace chegaram à Agência Nacional de Energia Elétrica. Eles se acorrentaram às grades e um caminhão despejou três toneladas de esterco bem na entrada.

Os manifestantes ainda fincaram cartazes contra a realização do leilão da usina de Belo Monte. Os seguranças da Aneel e a polícia acompanharam o protesto de longe. Índios de tribos do Xingu e integrantes dos movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e dos Atingidos por Barragens também fizeram protesto na frente da agência.

Uma decisão da Justiça ainda impedia a realização do leilão. Apesar dos protestos, no final da manhã da terça-feira uma decisão do Tribunal Regional Federal, em Brasília, garantiu a realização do leilão. Pouco tempo depois, outra liminar foi concedida em Altamira, no Pará, pela Justiça Federal suspendendo novamente o leilão. Mas já era tarde. O vencedor já tinha sido escolhido.

O Consórcio Norte Energia, liderado pela Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco, venceu o leilão no primeiro lance. A usina de Belo Monte será instalada no Rio Xingu, no Pará, e deve ser a terceira maior do mundo. Uma área equivalente a 516 quilômetros quadrados será alagada. Segundo o Ibama, cerca de 19 mil pessoas serão desalojadas.

O diretor de engenharia da Chesf José Ailton de Lima espera começar as obras ainda este ano. “Nós vamos apresentar os programas básicos ambientais. É difícil nesse momento precisar porque não compete a mim precisar as datas dos órgãos oficiais. Como empreendedor, farei esforço para apresentar a documentação o mais rápido possível”, falou.

O advogado geral da União, Luís Inácio Adams, confirmou que há outras ações em curso questionando a licença ambiental concedida pelo Ibama à hidrelétrica. A obra está orçada em R$ 19 bilhões.

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Fonte:
Globo Rural

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