Redução da demanda chinesa preocupa mercado de commodities
O voraz apetite chinês por matérias primas tem sido o principal fator para o rally nos mercados de commodities nos últimos 18 meses, quando os preços de materiais como o cobre e o ferro quase triplicaram.
No entanto, nos últimos meses, a crescente demanda chinesa tem apresentado um ritmo mais lento, coincidindo com a previsão de muitos analistas de que o a taxa de crescimento do começo de 2010 não se sustentaria. Uma redução sazonal da procura da indústria por commodities também favorece.
O corretor Georgi Slavov, referindo-se a esse esfriamento da demanda, diz que “os chineses estão apertando muito e a previsão para o mundo, a curto prazo, não é muito positiva”.
Essa redução da demanda e do crescimento econômico da China também atinge as commodities agrícolas, uma vez que a China é um dos maiores compradores mundiais. Açúcar, soja e milho já sentem os impactos.
Açúcar – As cotações a futuro do açúcar caíram e atingiram a mínima por conta da preocupação com a demanda chinesa, e o rally de alta dos preços que se estendia por dois meses foi encerrado.
Soja – Os preços da soja trabalham em queda na Bolsa de Chicago com a previsão de uma demanda reduzida para o óleo vegetal e para a ração, o que deve reduzir as exportações norte-americanas da oleaginosa.
Com informações do Financial Times
Tradução: Carla Mendes