China acena comprar títulos das dívidas dos EUA e Europa
"A China está disposta a continuar investindo e passar por esse período difícil junto com os países desenvolvidos - desde que os EUA e a Europa estejam determinados a adotar reformas substanciais. As reformas não precisam ser implementadas imediatamente. Não é necessário reduzir imediatamente os gastos fiscais. Mas precisa haver um comprometimento visível, tangível, com medidas de ajuste em um prazo relativamente longo que possam
realmente alterar a tendência descendente na situação fiscal desses países", disse Li Daouki, conselheiro acadêmico do Banco do Povo da China.
Segundo analistas, essa medida da China será essencial para assegurar a estabilidade financeira mundial. Afinal, o cenário é de muita incerteza com vários mercados ao redor do globo sendo diariamente afetados por receios sobre a sustentabilidade da dívida de várias nações europeias, por riscos dos bancos e também pelo rebaixamento da classisficação de crédito dos EUA feita pela agência Standard & Poors na última sexta-feira (5).
"Sobre as dívidas de quais países podem ser compradas - Espanha, Grécia e outros - eu acredito que isso depende das medidas de ajuste específicas de cada um... e suas respectivas consultas com a China. Não é uma condição difícil (de ser cumprida), não é como o FMI estabelecendo uma, duas, três, quatro ou cinco condições. Em vez disso, é coordenação e cooperação mútua", explicou Li.