Indígenas de Miranda bloqueiam entrada de lixão como forma de protesto

Aproximadamente 120 indígenas de oito aldeias e duas áreas de retomada de Miranda, a 201 quilômetros de Campo Grande, bloquearam, nesta terça-feira (20), a entrada do lixão do município, que fica na MS-446, como forma de protesto. Eles pedem reunião com a prefeita Marlene de Matos Bossay (PMDB) para reivindicarem melhorias na infraestrutura, saúde e educação das comunidades. “Enquanto a prefeita não chegar, não sairemos daqui. Esse é um protesto contra ela, que desde quando assumiu não nos recebeu em uma audiência, que viemos tentando sempre”, disse o cacique Branco, um dos representantes do movimento.

Conforme o líder indígena, uma média de 7,5 mil índios vivem nas aldeias de Miranda e enfrentam dificuldades em relação a infraestrutura dos locais. “Pedimos iluminação pública, maior atenção às pontes, transporte escolar nas áreas de retomada e, em especial, que a prefeita retome a Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas”, explicou.

Os índios bloquearam a entrada do lixão com acampamentos. Eles prometem novos movimentos de protesto se a prefeita não marcar audiência com a comunidade. A reportagem procurou a Prefeitura Municipal de Miranda, por telefone, para que o Executivo se pronunciasse sobre a manifestação, mas as ligações não foram atendidas.

Informações: Campo Grande News 

O produtor rural Pedro Pedrossian Filho, proprietário da fazenda Petrópolis, informou ao Notícias Agrícolas que os indígenas tentaram invadir sua propriedade, mas depois foram embora. "As fotos são da frente da minha fazenda, os índios estão na frente numa estrada e nós nos reunimos aqui para não deixar entrar. Essa é a nossa vida! Os índios renderam dois funcionários do municipio que trabalham no CCZ que fica na frente. Aqui ninguém entra!!!"

Imagens: Pedro Pedrossian Filho