Toma lá, dá cá: Marina exige que Aécio mantenha exclusividade da Funai nas demarcações em troca do seu apoio

Publicado em 08/10/2014 18:00 e atualizado em 09/10/2014 07:35

A Questão Indígena volta ao centro do debate na corrida presidencial. Terceira colocada na disputa com 21% dos votos válidos, Marina Silva (PSB) bateu o martelo sobre as condições que determinarão seu apoio a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições: Aécio precisa apoiar as demarcações de Terras Indígenas, vetar a tramitação da PEC 215 no Congresso e manter a exclusividade das demarcações com a Funai.

A ex-senadora disse a interlocutores que precisa ser "convencida" de que a candidatura do PSDB firmará compromissos com segmentos da sociedade que votaram nela em 2010 e em 2014. Para isso, espera o contato do tucano. "Marina não vai ao encontro de Aécio. Ele que precisa ir ao encontro dela", disse um dos principais assessores de Marina ao jornal Folha de São Paulo.

A ex-candidata ao Palácio do Planalto espera que o tucano procure a ela ou a seus assessores para entender as exigências que coloca à mesa para finalmente firmar a aliança e que dê sinais públicos de que fará flexões à esquerda.

Não será uma decisão fácil para Aécio. Mostramos aqui que as cidades assolados por conflitos no campo decorrentes das demarcações da Funai votaram em peso no tucano. Relembre: Questão Indígena derruba Dilma e Marina e consagra Aécio Neves

Caso atenda as exigências de Marina, Aécio pode perder o apoio nesses municípios. O candidato do PSDB já deu declarações de que incluirá a Embrapa em parceria com a Funai no processo de identificação de Terras Indígenas. Aécio também já disse que as demarcações de terras indígenas feitas no seu governo levarão em conta as condicionantes estabelecidas pelo STF no caso Raposa Serra do Sol. 

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Foto: Valter Campanato, da ABr

 

Funai demarcará Terra Indígena em Brasília a 6 km do Palácio do Planalto

O Diário Oficial de hoje, 07 de outubro de 2014, traz o extrato de um contrato entre a Funai e a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) através do qual a Terracap doa 22 hectares de terra dentro do Plano Piloto de Brasília para criação pela Funai da Terra Indígena Kariri-Xocó do Bananal-DF. A terra indígena abrigará 16 famílias indígenas das etnias Kariri-Xocó e Tuxá vindas no nordeste. O grupo ocupa hoje uma das áreas mais valorizadas da zona urbana de Brasília, no setor Noroeste a 6 km da Praça dos Três Poderes. 

 
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O documento é um dos últimos assinados pela ex presidente da Funai, Guta Assirati, e tem como testemunhas os indigenistas Flavio Chiarelli Vicente de Azevedo e Aluísio Azanha, filho do Grande Cacique Branco do indigenismo radical, Gilberto Azanha.
 
Antes de deixar a Funai, a ex presidente assinou os termos, pediu exoneração da Funai e fugiu para Portugal na última quarta-feira, 1 de outubro, onde pretende morar e fazer doutorado.
 
Em 2011 a Terracap tentou desocupar o local conhecido como Santuário dos Pagés para construção do Setor Noroeste, um dos bairros mais valorizados da Capital. A ação foi impedida pelos indígenas com apoio de estudantes da Universidade de Brasília.
 
A equipe do Questão Indígena já disse publicamente que apoia a demarcação de Terras Indígenas em zonas urbanas como forma de evidenciar os absurdos que a Funai vem fazendo no campo. Há uma outra reivindicação de demarcação de Terra Indígena na cidade do Rio de Janeiro e várias na zona metropolitana de Manaus. 
 
 

Polícia Federal prende suspeito de desaparecimento de agricultor no sul da Bahia 

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A Polícia Federal apreendeu no último dia 7 de outubro, no município de Teixeira de Freitas, região sul da Bahia, um índio pataxó suspeito de envolvimento no desaparecimento do produtor rural Raimundo Domingues Santos. Santos sumiu no dia 9 de agosto, entre as cidades de Itamaraju e Porto Seguro dentro de uma área controlada por uma milícia de índios pataxó.
 
De acordo a PF, o suspeito, que tem 58 anos, foi apreendido, inicialmente, por portar ilegalmente munições calibre 38 e 22. Apesar do pagamento de fiança, a PF detalha que ele não foi solto por determinação da Justiça Federal após identificação de envolvimento no desaparecimento do produtor rural.
 
Conforme a PF, o nome do suspeito aparece no inquérito de investigação. A Polícia Federal ainda não tem pistas do produtor rural desaparecido.
 
O delegado da Polícia Federal de Porto Seguro, no sul da Bahia, Eriosvaldo Renovato, evita falar em assassinato com ocultaçaõ de cadáver. A versão oficial é que Raimundo Domingues Santos estaria sendo mantido refém há quase 60 dias.
 
Núbia Alves dos Santos, filha do agricultor, acusou os índios de terem sequestrado o pai. Segundo o delegado, um amigo do produtores estava com Raimundo no momento em que ele foi pego pelos índios, mas que conseguiu fugir. A testemunha confirma o sequestro em depoimento. “Entretanto, não podemos confirmar a informação”, destacou o delegado.
 
A testemunha que presenciou o sequestro informou que cerca de 30 indígenas armados com revólveres, pistolas e espingardas sequestraram o produtor. O homem relatou em seu depoimento à Polícia Federal que conseguiu fugir pelo mato e andou 14 km até conseguir ajuda com moradores que o levaram até o município de Itamaraju.
 
De acordo com Núbia, o produtor Raimundo Domingues Santos teria recebido um comunicado de um cacique no dia 8 de agosto para buscar animais e pertences que estavam na fazenda ocupada pelos índios. Ao chegar no local, ele foi feito refém.
 
"Eles estão alocados na propriedade de meu pai e de outros fazendeiros também. Quando ele chegou lá, verificou que estava faltando alguns animais e recebeu a informação que o cacique da tribo queria falar com ele. Foi aí que ele seguiu para a fazenda em que o cacique estava", relatou Núbia. A filha do produtor informou que ele conversou com o cacique, mas ao sair para ir embora, foi amarrado e agredido pelos índios, que estavam armados. 
 
 
 
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Fonte:
Blog Questão Indígena

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2 comentários

  • alexandre janene costa Londrina - PR

    Manda caça sapo.

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  • Edison tarcisio holz Terra Roxa - PR

    ta querendo botar as asssinhas de fora respeite os agricultores que possuem titulo e alimentam essa nação viva os agricultores

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