Avança colheita das lavouras de soja no Rio Grande do Sul

Publicado em 05/04/2012 14:31
Os produtores gaúchos prosseguem com os trabalhos de colheita da soja, obtendo rendimentos abaixo do esperado e grãos de baixa qualidade. Nesta semana, a área colhida chegou aos 45% do total semeado, indicando ligeiro atraso em relação ao ano passado, porém, à frente da média dos últimos cinco anos. Outros 40% já se encontram prontos e aptos para a colheita.

Devido à má distribuição das chuvas no Estado, a situação das lavouras de soja é muito diversa. Em alguns casos, a situação é muito boa; em outros, há perda total. Em São Gabriel, Santana do Livramento e Santa Margarida do Sul, municípios localizados na Fronteira Oeste, a produtividade das áreas colhidas está entre 360 kg/ha e 720 kg/ha. Na região da Campanha, a previsão de produtividade é um pouco mais otimista, devendo ficar entre 25 e 30 sacos/ha, com maiores perdas nas lavouras do cedo. Em Dom Pedrito, por exemplo, a produtividade deverá ficar em torno de 30 sacos/ha, principalmente devido às lavouras de várzea, que estão muito boas.

Já na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, que este ano plantou cerca de 950 mil hectares com soja, o rendimento médio estimado no momento é de 22 sacos/ha, indicando que a cultura poderá ter alteração em relação às estimativas atuais. Nessa região, aumentou de forma significativa o número de solicitações de Proagro, que já passam de seis mil.

Com os produtores dando mais atenção à soja, a colheita do milho segue um pouco mais lenta nos últimos dias. Todavia, dado à situação atípica devido às consequências da estiagem, que adiantou a maturação de muitas lavouras, o percentual de área colhida nesta data já chega a 64%, o que representa dez pontos à frente do ano passado e onze na comparação com as últimas cinco safras.

O milho chamado de “safrinha” também já está sofrendo com a falta de chuva. As lavouras plantadas no mês de janeiro apresentam um aspecto bastante ruim, pois foram severamente afetadas pela seca. Já o milho implantado com as últimas chuvas ocorridas no início de março - período considerado fora do prazo recomendado - está apresentando aspecto um pouco melhor. Entretanto, a perspectiva para essas lavouras é de produção de silagem ou simplesmente matéria verde para os animais, não impactando na produção de grãos.

O baixo regime de chuvas das últimas semanas tem favorecido a colheita do arroz, que se desenvolve de forma intensa em todas as áreas produtoras. A região mais adiantada é a Fronteira Oeste, com destaque para Uruguaiana e Barra do Quaraí, que já colheram 75% das lavouras. Apesar do bom avanço em relação à semana passada, a atual safra encontra-se em atraso na comparação com safras anteriores.

Favorecidas pelo clima seco, as lavouras de pimenta encontram-se em bom estado sanitário em Turuçu, o maior produtor do Estado. No momento, as lavouras de pimenta estão na fase de maturação e colheita, com os produtores realizando o controle fúngico preventivo nas áreas cultivadas.

A colheita de frutas cítricas no Vale do Caí, que iniciou na segunda quinzena de março, com a variedade de bergamota Satsuma, agora tem o acréscimo da laranja-do-céu precoce, que registrou colheita e comercialização no município de São José do Hortêncio. A variedade Satsuma, bergamota sem semente e sem acidez, originária do Japão, já está com 40% das frutas colhidas. Os citricultores estão recebendo, em média, R$ 15,00 pela caixa de 25 kg dessa variedade, valor considerado muito bom pelos produtores.

Muitas das espécies forrageiras cultivadas, anuais e perenes de verão estão encaminhando-se para o término do ciclo vegetativo. Aquelas que foram bem manejadas pelos criadores ainda apresentam razoável volume de massa verde para manutenção corporal dos animais. Em algumas regiões, principalmente nas áreas de altitude ou onde predominam as temperaturas mais amenas, os produtores intensificam o preparo do solo para a semeadura das pastagens de inverno, principalmente de aveia e azevém, que são as principais espécies cultivadas durante o outono no Rio Grande do Sul. No entanto, a germinação dessas espécies está sendo prejudicada pela falta de umidade no solo. Alguns plantios realizados no início de março na região de Bagé estão em bom estado e com bom desenvolvimento inicial, mas são cultivos de risco, caso não haja ocorrência de chuvas nos próximos 15 dias.

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Emater/RS

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