Grãos: Mercado inicia mais uma semana com volatilidade nesta 2ª feira

Publicado em 08/07/2013 07:52

Mais uma semana se inicia com volatilidade no mercado internacional de grãos. Na sessão desta segunda-feira (8), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, por volta das 7h50 (horário de Brasília), operavam em campo misto, com um leve recuo de 1,75 ponto apenas no vencimento agosto/13, que valia US$ 14,30 por bushel. Os contratos mais distantes subiam entre 7 e 8 pontos. 

No mesmo momento momento, entre os grãos, milho e trigo operavam em campo positivo. Nos dois mercados, as altas eram de pouco mais de 2 pontos nos principais vencimentos. 

Para o trigo, segundo analistas consultados pela agência internacional Bloomberg, mais uma sessão de ganhos reflete um possível aumento na demanda pelo cereal frente ao recuo de 15% que os preços já registram esse ano. 

Além disso, as condições climáticas desfavoráveis para a culturatambém favorecem o bom momento das cotações em Chicago. "As chuvas atrasaram a colheita do trigo de inverno. Isso implica, possivelmente, em uma safra menor de soja, a qual pode ser imediatamente plantada após a colheita do grão", disse um analista. 

Veja como terminaram os negócios na última sexta-feira (5):

Soja: Mercado fecha no misto em Chicago e recua no Brasil

Nesta sexta-feira (5), os futuros da soja fecharam a sessão em campo misto na Bolsa de Chicago, com preços predominantemente mais baixos. O recuo mais expressivo se deu nos vencimentos mais distantes, com perdas de mais de 20 pontos para os contratos setembro/13 e março/14. Em alta, apenas o julho/13, cotado a US$ 15,88, subindo 4,50 pontos. 

Os negócios foram retomados após o feriado de 4 de julho nos Estados Unidos com o mercado ainda operando com a força de duas frentes, uma no curto prazo e outro no longo e médio prazo. De um lado, falta de produto disponível nos EUA dando suporte aos contratos mais próximos, principalmente o agosto/13, e de outro, mercado pressionado com a entrada da nova safra dos EUA e com as boas projeções para a temporada. 

"Esse cenário tem sido bem claro nas últimas semanas, e isso deve continuar assim enquanto o clima seguir ajudando, e a situação de estoques apertados nos EUA não vai embora. As exportações continuam bastante sólidas, um pouco acima do esperado, e os níveis de prêmios nos portos americanos continuam historicamente altos, principalmente para a soja", explica Pedro Dejneka, analista de mercado da PHDerivativos, de Chicago. 

Refletindo este cenário, os preços do milho também fecharam o pregão desta sexta em campo misto, com alta apenas para o primeiro vencimento. Os demais recuaram e as baixas foram mais intensas nos vencimentos mais distantes. 

Outro fator negativo para as commodities agrícolas em geral veio do mercado financeiro, com o aumento das taxas de juros dos títulos de 30 anos dos Estados Unidos, além do aumento do dólar, segundo explicou Mário Mariano, analista de mercado da Novo Rumo Corretora. 

Mercado Interno - No mercado interno brasileiro, mais um dia de poucos negócios. Operações foram efetivadas somente em Brasília, no Maranhão e Rio Grande do Sul. 

Assim, algumas praças de comercialização registraram um leve recuo nos preços da soja, como em Passo Fundo/RS, onde o valor passou de R$ 70,50 para R$ 69,50, ou no porto de Rio Grande, onde o valor passou de R$ 74,50 para R$ 73,00 nesta sexta-feira. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a saca de soja caiu de R$ 60,00 para R$ 58,50 e em Dourados, no Mato Grosso do Sul, de R$ 60,00 para R4 59,00. Porém, no Paraná, em Cascavel, a cotação subiu de R$ 66,50 para R$ 67,50. 

"Conversando com duas tradings essa semana, elas disseram que o mercado não é vendedor. Isso significa que eles também estão buscando novas compras e não estão encontrando parceiros para grandes volumes. Portanto, o sentimento de vendas é bastante limitados", afirma Mariano. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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