Com intensa realização de lucros, soja tem forte baixa na CBOT

Publicado em 21/03/2014 12:28

Nesta sexta-feira (21), os futuros da soja operam com expressiva queda na Bolsa de Chicago. Durante a sessão regular, os primeiros vencimentos perdiam mais de 25 pontos, por volta das 11h40 (horário de Brasília), e o contrato maio tentava se manter acima dos US$ 14 por bushel. 

Após as expressivas altas registradas ao longo da semana, que foi bastante positiva para a oleaginosa, o mercado intensificou o movimento técnico de correção iniciado no pregão de ontem. 

Entretanto, o que movimentou o mercado nesses últimos dias foi o posicionamento da demanda, segundo explicou Glauco Monte, analista de mercado da FCStone. Apesar das exportações, tanto semanais quanto o volume acumulado na temporada até o momento, serem muito fortes, e dos estoques muito ajustados, há notícias de movimentos de washout (troca de origem) por parte da China de alguns carregamentos pressionam também o mercado. 

Paralelamente, ainda segundo Monte, as informações de que algumas compras feitas no Brasil estariam sendo direcionadas para os Estados Unidos, como forma de tentar recompor os estoques locais, os quais se encontram em níveis críticos. 

"Então, essas notícias de uma demanda um pouco menos intensa e também as importações de um pouco de soja brasileira pelos Estados Unidos, que poderia aliviar o mercado interno americano, acabam pressionando os preços frente à uma semana que foi bastante positiva, o que faz com que essa realização de lucros não seja uma surpresa no dia de hoje", explica o analista. 

Ainda assim, os fundamentos seguem positivos já que só a China, por exemplo, como maior importadora mundial de soja, ainda tem uma necessidade de importação de cerca de 5 a 6 milhões de toneladas por mês, de acordo com Glauco Monte, para garantir seu abastecimento adequado. 

"A China continua precisando abastecer suas fábricas, e por isso continua no mercado e, por isso que, mesmo caindo, o primeiro contrato da soja se mantém acima dos US$ 14 por bushel. Temos muita influência da parte técnica, mas os preços seguem bem acima da média", diz. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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