Soja: Chicago tem alta de quase 10 pts nesta 5ª feira e dá sequência aos ganhos das últimas duas sessões

Publicado em 21/04/2016 16:20 e atualizado em 21/04/2016 17:03

Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) deram sequência aos ganhos das últimas duas sessões nesta quinta-feira (21). Com isso, os preços da oleaginosa no terminal externo continuam na casa dos US$ 10,00 por bushel. O mercado repercute as condições climáticas adversas na América do Sul e as incertezas sobre o plantio nos Estados Unidos, além dos fundos de investimento continuarem atuando forte no mercado.

Os lotes com entrega para maio/16 encerraram a sessão cotados a US$ 10,19 por bushel com 9,25 pontos de alta, o julho/16 teve US$ 10,27 por bushel com avanço de 8,25 pontos. Já o contrato agosto/16 registrou US$ 10,27 por bushel com 8 pontos de valorização, enquanto o setembro/16 anotou US$ 10,11 por bushel com 3 pontos positivos.

Segundo agências internacionais de notícias, o clima nas origens produtoras da oleaginosa continua sendo o principal fator de suporte aos preços. O Notícias Agrícolas reportou durante toda a semana as condições climáticas complicadas na Argentina. O país da América do Sul segue com chuvas intensas, que prejudicam as lavouras e atrasam os trabalhos de colheita.

Na quarta-feira, o governo argentino, via Ministério da Agroindústria, reportou sua primeira estimativa das perdas em 5,4% da safra 2015/16. A projeção é de que o país tenha colheita de 57.586,530 milhões de toneladas, contra o número de março de 60.917,050 milhões. A pasta informou ainda que pode revisar essa estimativa nos próximos dias dada a agressividade das adversidades climáticas.

Para o analista de mercado Mário Mariano, os preços da soja no curto prazo devem permanecer sustentados no patamar de US$ 10,00 por bushel no curto prazo. "Com a paralisação das chuvas na Argentina, se inicia o processo de colheita rapidamente e isso provavelmente voltará a fazer realização de lucros dessa alta excessiva", afirma.

Traders também repercutem nas cotações da soja em Chicago o desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos. Até o momento não há relatos de problemas com o plantio. "As previsões de clima continuarão a ser acompanhadas. Até esse momento, as últimas previsões indicam, no curto prazo, chuvas no Meio-Oeste americano, porém, mais adiante, o clima deverá contribuir para o andamento do plantio", diz Bob Burgdorfer, analista de mercado do site internacional Farm Futures.

Além desses fatores fundamentais que dão suporte a commodity, paralelamente, os fundos de investimento continuam atuando forte no mercado. Eles compraram cerca de 45 mil contratos de milho e 30 mil contratos de soja, disseram fontes à agência de notícias Reuters.

A alta no terminal externo nos últimos dias gerou boas oportunidades para o produtor brasileiro, com negócios saindo a R$ 82 nos portos. No entanto, nesta quinta-feira, por conta do Feriado de Tirantes, o mercado interno brasileiro não trabalhou e muitos participantes só devem voltar aos balcões na próxima semana.

Vendas semanais dos EUA

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou nesta quinta-feira que o país vendeu na última semana 747,40 mil toneladas de soja. As expectativas do mercado eram entre 200 mil e 700 mil toneladas. Da safra 2015/16, foram vendidas 407,70 mil toneladas, o volume é 7% maior que o da semana anterior e 15% maior que a média das últimas quatro semanas. A maior parte das vendas semanais foram para a China e Alemanha. Da temporada 2016/17, as vendas somaram 339,70 mil toneladas com os maiores volumes para a China e México.

» USDA: Vendas semanais de soja dos EUA superam as expectativas; milho fica dentro do esperado

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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