Soja opera com volatilidade em Chicago à espera do boletim do USDA nesta 4ª feira

Publicado em 12/10/2016 09:34

Nesta quarta-feira (12), as cotações futuras da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves ganhos, próximas da estabilidade. O mercado internacional está à espera do novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que deve ser divulgado na tarde de hoje. Analistas apostam que os números da soja de produtividade possam ser revisados para cima.

Diante deste cenário, às 9h22 (no horário de Brasília) o vencimento novembro/16 subia 2,25 pontos e era cotado a US$ 9,56 por bushel, enquando janeiro/17 registrava ganhos de 3 pontos e negociado a US$ 9,64 por bushel.  Já março/17 anotava valorização de 2,50 pontos, com cotrado a US$ 9,70 por bushel.

Segundo informações de sites internacionais, o mercado em Chicago trabalha com ansiedade em relação ao novo reporte, operando próximo da estabilidade e apresentando ganhos moderados. Além disto, também reflete as informações do boletim de acompanhamento de safras divulgados na tarde de ontem, que apresentou colheita da soja da safra 2016/17 abaixo das expectativas dos traders, atingindo 44%. 

Veja como fechou o mercado na terça-feira: 

Soja: Mercados em Chicago e no Brasil, à espera pelo USDA, fecham estáveis nesta 3ª feira

Por Carla Mendes

A sessão desta terça-feira (11) foi de pouca movimentação para as cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago e o mercado fechou com estabilidade. O contrato novembro/16 terminou o dia com baixa de 0,25 ponto, valendo US$ 9,54 por bushel, enquanto os demais subiram entre 0,25 e 0,50 ponto, levando o maio/17, indicativo para os negócios no Brasil, a US$ 9,75. 

A cautela dos investidores se dá, como explicam analistas e consultores, pela espera do novo reporte mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chega nesta quarta-feira, 12 de outubro. Na soja, a média de produtividade, a área colhida e a produção podem, como explicam analistas internacionais, ser revisados para cima. 

"Caso isso, de fato, se confirme, mudam também os números dos estoques norte-americanos, principalmente ao serem cruzados com os números dos estoques trimestrais [divulgados em setembro], e isso tudo enquanto a demanda ainda permanece sendo um mistério [apesar de toda a força exibida nos últimos meses]", diz Darin Newson, analista sênior do portal internacional DTN The Progressive Farmer. 

Os estoques norte-americanos têm média esperada de 11,29 milhões de toneladas, contra as 9,93 milhões de setembro e frente as 5,36 milhões da temporada anterior. A produção de soja deve subir e de forma expressiva, segundo as expectativas do mercado. As projeções variam de 112,86 milhões a 118,56 milhões de toneladas. Assim, a média vai a 116,4 milhões de toneladas, superando largamente o número de setemebro de 114,33 milhões. Na temporada passada, os EUA colheram 106,93 milhões de toneladas da oleaginosa. 

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"Desta forma, há um ambiente negativo neste momento, mesmo que tenhamos bons fundamentos no lado da demanda", explica Vlamir Brandalizze. O consultor da Brandalizze Consulting lembra ainda que, além dessas projeções de uma safra grande nos EUA, há também boas condições de clima para a conclusão da safra americana, o que pode acentuar a pressão sobre as cotações. 

Assim, nem mesmo os fortes embarques semanais norte-americanos de soja de quase 2 milhões de toneladas reportados nesta terça-feira foram suficientes para estimular um ganho mais expressivo e sólido dos preços em Chicago. Na semana encerrada em 6 de outubro, os EUA embarcaram 1.801,074 milhão de toneladas, contra projeções que oscilavam de 1 milhão a 1,2 milhão de toneladas. O volume superou ainda o registrado na semana anterior - 1.109,560 milhão - e elevou o acumulado na temporada a 5.204,688 milhões de toneladas, contra 4.395,507 milhões do mesmo período da temporada anterior. 

Correndo por fora, vem o plantio da safra 2016/17 da América do Sul. Na medida em que os trabalhos de campo avançam, as especulações sobre o tamanho e seu potencial também crescem e ganham mais espaço nos negócios. Juntos, afinal, Brasil, Argentina e Paraguai produzem 51% da soja de todo o mundo. 

Para o consultor internacional Michael Cordonnier, a safra sul-americana deverá chegar as 174,2 milhões de toneladas, de acordo com sua última estimativa divulgada nesta terça-feira (11), contra as 165,5 milhões da temporada 2015/16. As projeções do especialista variam entre 166,9 e 181 milhões de toneladas. 

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Mercado Brasileiro

Cordonnier estima a safra de soja do Brasil em 101 milhões de toneladas, podendo ficar entre 97 e 104 milhões. O número veio ligeiramente maior do que o registrado há uma semana e é reflexo, segundo explica o consultor, do desenvolvimento da semeadura melhor do que o esperado, superando, em algumas regiões, o ritmo do ano passado. Além disso, acredita também que os produtores do sul do país não façam toda a migração para o milho como previam mais cedo. 

Enquanto isso, os preços da soja brasileira pouco evoluem, tal qual a comercialização. Os momentos mais oportunos são aproveitados pelos sojicultores, porém, ainda de forma pontual e com poucos volumes. Ainda de acordo com o consultor internacional, há menos de 30% da soja da nova safra já comercializada - número que fica em linha com o de outras consultorias - contra 40% do ano comercial anterior. 

E nesta terça-feira, os preços mantiveram sua estabilidade na maior parte das principais praças de comercialização, com as referências oscilando entre R$ 65,00 e R$ 75,00 por saca, em média. Nos portos, com a estabilidade também do dólar, as cotações registraram pouca movimentação. Em Paranaguá, R$ 76,00 por saca no disponível e no futuro, ambos estáveis, e em Rio Grande, respectivamente, R$ 75,10 e R$ 77,00, com queda de 0,53 e alta de 0,26%. 

No link abaixo, confira as cotações completas desta terça-feira:

>> MERCADO DA SOJA

 

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Por:
Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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