Soja fecha com expressiva alta em Chicago nesta 3ª diante da falta de chuvas na América do Sul

Publicado em 05/12/2017 17:01

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As especulações sobre o La Niña impactando na nova safra de soja na América do Sul parecem ganhar mais peso entre os negócios com a soja no mercado futuro norte-americano. Assim, na sessão desta terça-feira (5), as cotações da oleaginosa voltaram a subir na Bolsa de Chicago e terminaram o dia com ganhos de mais de 13 pontos entre as principais posições. 

Dessa forma, o janeiro/18 voltou ao patamar dos US$ 10,00 por bushel, enquanto o maio/18, que é referência para a nova safra nacional, acima dos US$ 10,30. O julho/18 superou, nesta terça, os US$ 10,40 por bushel. 

"O que estamos negociando, na verdade, é clima. Soja convertida em clima nesse momento", diz o analista de mercado e economista Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais em entrevista ao Notícias Agrícolas. "Trata-se da terceira sessão consecutiva de altas em Chicago", completa. 

Até este momento, as áreas que mais preocupam é a sul do Brasil e improtantes regiões da Argentina. Boa parte do país vizinho ao Brasil ainda sofre com a escassez de chuvas, o plantio segue atrasado no país e as últimas previsões seguem indicando a irregularidade e o baixo volume das precipitações, em decorrência, principalmente, do La Niña. 

"Sinais de La Niña no Pacífico equatorial aumentaram durante a primavera. O Oceano Pacífico tropical do centro para o leste esfriou de forma constante desde o inverno, e agora está no limiar de La Niña (0,8°C abaixo da média). Os indicadores atmosféricos, incluindo o Índice de Oscilação do Sul (SOI), os ventos e as nuvens, também mostram padrões claros de La Niña", disse o serviço em nota o serviço australiano de meteorologia, Bureau of Meteorology (BOM na sigla em inglês).

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Assim, na Argentina, as chuvas esperadas para os próximos dias seguem limitadas, localizadas e chamando a atenção dos traders. 

De acordo com informações apuradas pela Labhoro Corretora, "o tempo seco predominará nas áreas produtoras nos próximos 10 dias. Existe possibilidade de chuvas bem fracas em dias alternados durante o período – os acumulados no geral não devem ultrapassar os 25 mm. Apenas o leste de Buenos Aires que deve registrar acumulados maiores entre 45 e 75 mm". 

Com isso, ainda segundo Motter, "o mercado vai ganhar em volatilidade, respeitando a movimentação dos fundos - que deve ser mais intensa, porém, mais comedida. Vamos ganhar em movimento especulativo", diz.

Preços no Brasil

O dólar registrou uma nova sessão de baixas frente ao real nesta terça-feira e, inevitavelmente, pesou sobre a formação das cotações no mercado brasileiro. A moeda americana terminou o dia com queda de 0,40% e valendo R$ 3,2341. Em três pregões, a divisa já acumula um recuo de 1,15%. 

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Com isso, a maior parte das principais praças de comercialização encerraram seus negócios com preços estáveis, com algumas exceções pontuais como no Oeste da Bahia, onde a saca subiu 1,93% para R$ 63,33; ou em Jataí/GO, com alta de 1,745 para R$ 58,50 por saca. 

Entre os portos, o destaque foi Rio Grande, onde a soja disponível foi a R$ 75,30 por saca, com alta de 1,07%, e na safra nova, R$ 77,20 e ganho de 0,78%. Em Paranaguá, R$ 75,50 e R$ 76,00 por saca, com altas respectivas de 0,67% e 0,66% nesta terça-feira. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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