Soja: Preços sobem até 5% no mercado brasileiro nesta 5ª e Paranaguá vai a R$ 85/saca

Publicado em 05/04/2018 18:05

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O mercado brasileiro da soja registrou mais um dia de fortes altas nesta quinta-feira (5). Boas altas foram registradas tanto no interior, quanto nos portos do país, levando o produto disponível a fechar os negócios em Paranaguá com R$ 85,00 por saca. O avanço foi de 2,41%. Em Rio Grande, soja disponível em R$ 79,30 e maio/18 em R$ 80,20 por saca, com altas de 2,99% e 3,48%. 

Entre as principais praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, as altas entre os indicativos chegaram a até 5,6% somente nesta quinta, como aconteceu em Sorriso, em Mato Grosso, com a saca chegando aos R$ 66,00. Em Castro, no Paraná, a última referência ficou em R$ 83,00 por saca. 

O avanço das cotações refletiu uma forte retomada dos futuros da commodity negociados na Bolsa de Chicago, que terminaram o dia com altas de mais de 14 pontos entre as posições mais negociadas, trazendo o maio/18 de volta aos US$ 10,31 por bushel. O mercado, dessa forma, conseguiu recupera uma boa parte das quedas do pregão anterior, que ficaram em pouco mais de 20 pontos. 

Do mesmo modo, a outra perna de suporte aos preços no Brasil tem sido os prêmios. As principais posições de entrega em Paranaguá seguem acima de US$ 1,25 sobre as cotações praticadas na bolsa norte-americana e, como explica o consultor em agronegócios Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios, esses são valores que se apresentam quatro vezes mais altos do que a média dos últimos anos. 

O período, afinal, é de plena colheita no Brasil, chegada de uma nova oferta, porém, se deparando com uma demanda extremamente agressiva e precisando do produto brasileiro. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, somente nos três primeiros meses de 2018, as exportações brasileiras de soja chegaram a 13 milhões de toneladas. 

Complementando um cenário ainda positivo para a formação dos preços da soja no Brasil há o dólar ainda em patamares elevados frente ao real. Nesta quinta-feira, a moeda americana fechou em R$ 3,3420, subindo tímidos 0,04%. 

A divisa começou o dia com baixas intensas, mas foi recuperando terreno ao longo do dia, para fechar o dia em campo positivo. A cena política nacional permanece no foco principal. "O cenário segue incerto, internamente com as eleições e, externamente com a tensão comercial", afirmou o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti à agência de notícias Reuters. 

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Bolsa de Chicago

O avanço dos preços na Bolsa de Chicago, como explicam os analistas e consultores, os traders começam a digerir com mais calma as últimas informações sobre a taxação da soja americana pelos chineses, já recuperando boa parte das perdas anteriores, que passaram de 20 pontos no último fechamento. 

Aos poucos, portanto, o mercado volta também a olhar mais para seus fundamentos, entre eles, o clima nos Estados Unidos para o início da nova temporada, bem como a conclusão da safra da América do Sul. 

E nesta quinta, o suporte para as cotações veio do lado da demanda, com as vendas semanais americanas reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ficando bem acima das expectativas do mercado. 

Na semana encerrada em 29 de março, os EUA venderam 1.133,0 milhão de toneladas da safra 2017/18. As projeções dos traders variavam de 600 mil a 900 mil toneladas. Destinos não revelados responderam pelo maior volume na última semana. No acumulado da temporada, os EUA já têm comprometidas 51.484,2 milhões de toneladas, ainda abaixo das mais de 55 milhões do ano passado, nessa mesma época. O USDA espers que as exportações totalizem 56,2 milhões de toneladas neste ano comercial. 

O departamento informou ainda a venda de 358,2 mil toneladas de soja da safra 2018/19, com a maior parte sendo destinada para a China. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Márcio José Gasparelo Rio Verde - GO

    De nada adianta a saca de soja ir a R$ 85 no porto sendo que na cooperativa não sai nem R$ 66, livre... sempre o intermediário, cooperativa e a multi tirando o coro do produtor....

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