Soja opera estável após 4 sessões de fortes altas, mas mantém foco no clima dos EUA
Após dias consecutivos de fortes altas e de um mercado bastante intenso, as cotações da soja registram estabilidade nesta manhã de quinta-feira (30). Os futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago, por volta de 7h15 (horário de Brasília), tinham pequenas baixas de pouco mais de 1 ponto, com o julho valendo US$ 8,70 e o agosto, US$ 8,76 por bushel.
Esta é a primeira baixa em quatro sessões para a soja na CBOT, com o mercado ainda muito focado no quadro climático norte-americano. Por conta do excesso de chuvas e de mais adversidades, o plantio norte-americano registra seu pior atraso na história dos EUA e dá um importante suporte aos preços no mercado internacional.
"O mercado de grãos está tomando um fôlego. O recente avanço dos preços agora passa por uma realização de lucros, uma vez que é período de final de mês, quando os traders ajustam suas posições, mas as previsões mostrando mais chuvas para os próximos dias ainda segue no foco e limita as baixas", dizem os especialistas da consultoria internacional Allendale, Inc.
Além disso, o mercado observa ainda as decisões que produtores americanos ainda têm a tomar sobre o prosseguimento do plantio. Muitos deverão deixar boa parte de sua área sem plantar diante da falta de condições adequadas para os trabalhos de campo e frente às datas limite para a semeadura. Em muitos locais, essa data já se encerrou para o milho.
"Há muitas previsões indicando mais chuvas para o Meio-Oeste americano e isso pode impedir os produtores de plantar", acredita Phin Ziebell, agroeconomista do Banco Nacional da Austrália em entrevista à Reuters Internacional.
O mapa atualizado pelo NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, mostra a continuidade das chuvas no coração do Corn Belt nos próximos 7 dias - de 30 de maio a 6 de junho - porém, em volumes mais baixos do que os observados há alguns dias. Estados como Iowa, Illinois, Indiana, Missouri, Nebraska e Kansas deverão receber mais de 25 mm de precipitações.
"Chuvas abundantes pelo centro, sul e leste do do Corn Belt seguirão por esta quinta-feira e ainda durante o final de semana, o que manterá o plantio ainda bem lento. No entanto, os volumes mais limitados nas áreas mais a nordeste do cinturão permitirão condições melhores, principalmente nas Dakotas, Minnesota e noroeste de Wisconsin", diz o serviço internacional de clima Maxar também à Reuters Internacional.
Os traders, no entanto, não deixam de acompanhar ainda as questões em andamento da guerra comercial entre China e Estados Unidos - o que ainda acaba por ser um peso para o mercado em Chicago.
Ademais, os números das vendas semanais para exportação que seriam divulgados hoje só chegarão nesta sexta-feira (31) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em função do feriado desta segunda-feira (27) no país.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
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