Soja fecha estável a 2ª feira em Chicago à espera de novidades fortes

Publicado em 13/09/2021 16:53

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O mercado da soja operou durante todo o pregão desta segunda-feira (13) em campo negativo na Bolsa de Chicago, porém, fechou o dia bem próximo da estabilidade, com perdas de 1 a 1,75 ponto nos principais contratos, levando o novembro a US$ 12,84 e o maio/22, referência para a safra brasileira, com US$ 13,04 por bushel. Os traders precisam de mais notícias para fortalecer uma direção para as cotações. 

Nesta segunda, o mercado deu início à semana corrigindo parte das altas da última sexta-feira (10), mas ainda monitorando o clima favorável para a conclusão da safra americana e início da colheita - período que é sazonalmente de baixa para as cotações - além da logística comprometida nos EUA e a demanda da China. 

Há muitas instalações de grãos ao longo do rio Mississippi ainda inativas depois dos estragos causados pelo furacão Ida e o quadro segue mantendo as cotações pressionadas. "Os mercados seguem em baixa, com os os futuros em CBOT e investidores evitando correr riscos em meio a lenta retomada das
exportações do Golfo dos EUA e ainda digerindo o relatório de setembro", explica Ginaldo de Sousa, diretor do Grupo Labhoro.

O novo boletim semanal de embarques de grãos trazido pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe números fracos nesta segunda-feira, porém, dentro das expectativas do mercado no caso da soja. "As exportações no Golfo não foram tão impactantes no resultado final do USDA. Segundo o órgão, os efeitos das inundações em partes da Louisiana e do Mississipi não foram totalmente refletidos no relatório, mesmo com vários terminais de grãos em Nova Orleans que operam com boa parte das exportações de produtos agrícolas americanos, permaneceram sem energia", complementa Sousa.

Na semana encerrada em 9 de setembro, os EUA embarcaram 105,368 mil toneladas de soja contra as projeções do mercado de 75 mil a 300 mil toneladas. Em toda temporada 2021/22, os embarques americanos da oleaginosa somam 135,722 mil toneladas apenas, contra mais de 2 milhões do mesmo período do ano passado. 

"Os embarques foram fracos na última semana de soja e milho. Um cargo de soja e um de trigo foram embarcados nos portos do Pacífco para a China, enquanto nenhum de milho nem no Pacífico, nem no Golfo", disse a analista internacional de commodities Karen Braun. 

De outro lado, o USDA ainda informou novas vendas da oleaginosa nesta segunda-feira, desta vez de 132 mil toneladas para destinos não revelados. Mais uma vez, a notícia acabou tendo impacto limitado diante de outros fatores que, ao menos por enquanto, pesam mais. 

Aos poucos, os participantes do mercado também vão voltando suas atenções ao início do plantio no Brasil e às condições de clima em que a nova temporada começa. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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