Complexo soja retoma negócios despencando em Chicago com pressão do petróleo e temores com nova variante da Covid
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Acompanhando a despencada do petróleo, os mercados de soja e derivados, milho e soja retomaram seus negócios pré feriado de Ação de Graças nos EUA caindo forte na Bolsa de Chicago. Perto de 11h40 (horário de Brasília) desta sexta-feira (26), as cotações da oleaginosa perdiam entre 22,50 e 23 pontos nos contratos mais negociados, com o janeiro valendo US$ 12,43 e o maio, US$ 12,64 por bushel. No trigo, as baixas passavam de 15 pontos e no milho, de 8.
No complexo soja, as baixas do óleo eram de mais de 2% e no farelo, de mais de 1%. A pressão do petróleo no óleo é ainda mais intensa, já que também intensifica suas perdas e recua mais de 7% diante das preocupações com a nova variante da Covid-19 descoberta na África do Sul. Segundo cientistas que estudam a nova cepa, ela poderia ser mais signficativa e tornar as vacinas menos eficientes.
"A nova variante da Covid traz forte pressão de queda para os ativos de risco. Os grãos não escaparam desse momento de venda. O destaque de queda é para o óleo de soja, recebendo forte pressão do petróleo", explicam os analistas da Agrinvest Commodities.
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De outro lado, a notícia que traz algum equilíbrio ao mercado é a de que a Pfizer afirmou poder desenvolver uma nova vacina em 100 dias que possa combater a nova variante.
Segundo os representantes do laboratório, os resultados sobre a resistência da variante às vacinas sai em 15 dias e, na sequência, as próximas ações deverão ficar mais claras. "Iniciamos de maneira imediata estudos sobre a variante B.1.1.529, que difere claramente das variantes já conhecidas porque tem mutações adicionais na proteína spike característica do vírus Sars-Cov-2", afirmou um porta-voz da farmacêutica à AFP.
De acordo com as informações conhecidas até este momento, a variante mais recentemente descoberta pode ser ainda mais transmissível do que a variante delta, informou a OMS (Organização Mundial da Saúde). Países como Israel, Hong Kong, Botswana, além da África do Sul, já registraram casos confirmados com a nova variante.
"O que sabemos é que há um número significativo de mutações, talvez o dobro do número de mutações que vimos na variante Delta", afirmou o secretário de Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, à imprensa.
"E isso pode indicar que ela pode ser mais transmissível e que as atuais vacinas que temos podem ser menos eficientes".
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