Soja: Farelo dispara no final da tarde, fecha com 2% de alta e puxa grão na Bolsa de Chicago

Publicado em 01/12/2021 16:43

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O mercado da soja fechou o pregão desta quarta-feira (1) em alta na Bolsa de Chicago. Depois de subir forte no começo do dia e na sequência passar para a estabilidade, as cotações da oleaginosa terminaram o dia com ganhos de 8,50 a 11,75 pontos nos principais contratos. Assim, o janeiro encerra o dia com US$ 12,29 e o maio, referência para a safra brasileira, com US$ 12,44 por bushel. 

O mercado de derivados deu uma reviravolta e o farelo de soja passou a subir expressivamente, terminando os negócios desta quarta com altas de mais de 2%. O contrato janeiro/22, que é o mais negociado agora, fechou a sessão com alta de 2,31% e valendo US$ 349,70 por tonelada curta. 

De acordo com os analistas de mercado da Agrinvest Commodities, quem puxou os preços do derivado foram as recentes previsões climáticas indicando tempo mais quente e seco em partes do Brasil e da Argentina nos próximos dias, o que poderia reduzir - principalmente na Argentina - a oferta de matéria-prima e, consequentemente, do subproduto. 

Segundo informações apuradas pelo Grupo Labhoro, "o modelo GFS reduziu os volumes para a região Sul, deixando o clima predominantemente seco em boa parte da região, com chuvas leves no centro e oeste de Santa Catarina e moderadas no leste do estado e também do Paraná. Nas demais regiões, as chuvas moderadas a fortes são mantidas para os próximos dez dias. Na Argentina, clima predominantemente seco em boa parte do país, com chuvas sendo indicadas em La Pampa e sul de Buenos Aires". 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR

    É notável como o mundo se tornou dependente da proteína da soja nas últimas décadas, em especial na sua forma mais comum para a composição das rações, o farelo. A matéria chama o farelo de subproduto, mas na verdade é o principal produto da soja, pois é aquele que contém a proteína. Tive a curiosidade de levantar alguns dados interessantes que eu gostaria de compartilhar com os amigos do NA. A OMS recomenda uma dieta diária de proteína de 0,8 a 1,5 gramas por kg de peso corpóreo, ou seja, algo em torno de 30 kg por pessoa por ano, considerando uma média de peso de 70 kg.

    Esse número daria um consumo mundial de cerca de 230 milhões de toneladas de proteína por ano.

    As cerca de 140 milhões de toneladas de soja que devemos produzir nesta safra no Brasil resultarão em cerca de 53 milhões de toneladas de proteína (38%), ou seja, vamos produzir 23% da proteína necessária no mundo em 36 milhões de hectares, que representam apenas 2% das terras agricultáveis do planeta. Se somarmos toda a produção de soja no planeta (cerca de 380 milhões de toneladas) veremos que mais da metade da proteína necessária para o mundo se alimentar vem da soja. E não é só proteína. O grão de soja tem em sua composição, além dos 38% de proteína, cerca de 20% de óleo e 30% de carboidratos. É um verdadeiro milagre da natureza.

    O mundo está irremediavelmente dependente da soja e seus derivados para se alimentar. Qualquer outra alternativa teria um custo, inclusive ambiental, muito maior.

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    • Gilberto Rossetto Brianorte - MT

      Parabens Sr. Carlos pelo demonstrativo.

      Triste é ver que um grupo de brasileiros são contra o plantio de soja, chegam a dizer que "soja mata", que "soja não dá emprego", que soja destrói o Brasil. Gostaria de saber: como essa gente responde aos numeros apresentados pelo senhor?

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    • Hilario Bussolaro Cascavel - PR

      O pior não e.isso e que esses.que tanto críticam são os mesmos que consomem muitos alimentos que são oriundo da soja ou que são alimentados por ela. Quem sabe um dia esses mesmos comessem a comer capim isso e.de.graca não precisa de agrotóxicos nasce sem plantar e tem nos campos abertos para quem quiser se fartar, os que mais criticam não sabe nem do que estão falando são igual papagaio de.pirata só repete o que ouviram falar

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    • Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR

      Já imaginaram se não existisse a soja? A alternativa seria criar gado a pasto ou pescar pelos oceanos e rios mundo afora. Seria necessário pelo menos mais um planeta terra pra atender a demanda por proteína.

      Ironia das ironias, a soja, maior alvo das críticas dos ambientalistas, está salvando o ser humano e o planeta.

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