Soja segue operando em alta na Bolsa de Chicago nesta 6ª, com atenção ao clima e demanda nos EUA
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O mercado da soja permanece operando em campo positivo na Bolsa de Chicago, porém, de forma mais tímida e contida no início da tarde desta sexta-feira (29). Os futuros do grão seguem acompanhando as altas fortes que hoje são registradas pelo farelo na CBOT, enquanto o óleo realiza lucros e perde quase 1%. Assim, as altas variavam entre 5,75 e 6,50 pontos nos principais vencimentos, levando o maio a US$ 17,12 e o julho a US$ 16,91 por bushel.
"Enquanto os riscos geopolíticos e climáticos continuam presentes, o nervosismo no mercado de grãos permanece", disse à Reuters Internacional a consultoria Agritel.
O clima no Meio-Oeste norte-americano tem sido um dos principais fatores de suporte aos preços dos grãos, uma vez que trazem preocupação aos produtores de algumas regiões, onde o excesso de chuvas e as baixas temperaturas impedem o avanço do plantio como ele de fato poderia acontecer. Já em outras áreas, como é o caso das planícies, é a falta das precipitações que preocupa mais.
De acordo com o consultor de mercado Aaron Edwards, da Roach AgMarketing, os próximos dez dias deverão ser fundamentais para a definição do potencial produtivo das lavouras norte-americanas, em especial no milho. A semeadura do cereal é a mais lenta em nove anos.
Dessa forma, Edwards acredita ainda que os futuros do milho e da soja tenham espaço para alcançar e superar o recorde de 2012, com o tamanho da nova safra americana definindo o rumo dos mercados a partir de agora.
No paralelo, permanecem no radar a continuidade da guerra e do surto de Covid-19 na China que ainda mantém milhões de pessoas restritas pelas medidas impostas pelo governo. Atenção ainda ao movimento do dólar e ao humor do financeiro.
"A China está olhando soja nos EUA para novembro e dezembro no PNW, e janeiro e fevereiro no Golfo. O país continua antecipando suas compras, dando um impulso ao programa americano para a temporada nova", explica a Agrinvest Commodities.
Ainda de acordo com um levantamento feito pela consultoria, a nação asiática teria comprado cerca de 20 navios de soja, entre produto brasileiro e norte-americano. "Além disso, os problemas logísticos nos Estados Unidos estão reduzindo a oferta de soja nas processadoras, reduzindo a oferta interna de farelo", explica o time da Agrinvest.
No Brasil, atenção à leve baixa do dólar frente ao real, que perto de 13h (Brasília), era de 0,18%, mas com a moeda americana ainda sendo cotada a R$ 4,93.
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