Macroeconomia preocupa e pressiona grãos em Chicago
"Ao mesmo tempo que o premiê grego George Papandreou prepara uma mudança em seu governo na tentativa de obter aval do Parlamento para as medidas de austeridade, políticos europeus expressaram seu desânimo enquanto preparam o que pode ser o encontro crucial de líderes da União Europeia", diz a notícia do Valor.
Como não poderia ser diferente, as commodities - tanto agrícolas, como energéticas e metálicas - enfrentam mais uma dia de baixas diante deste cenário. Em Chicago, os grãos estendem suas perdas de ontem, quando o milho encerrou o dia próximo do limite de baixa e o trigo recuando mais de 20 pontos. Por volta das 15h05 (horário de Brasília), os principais vencimentos da soja operavam com mais de 14 pontos de baixa, o milho e o trigo com com quase 20.
Esse mau humor do mercado financeiro acaba estimulando a migração dos investidores para ativos mais seguros, como o dólar, afastando-se das commodities, que são bastante voláteis. Com isso, o dólar index avança e pesa sobre as cotações das agrícolas nesta quarta-feira. Há ainda temores acerca de uma desaceleração do crescimento econômico mundial e da demanda, o que também influencia fortemente a queda das commodities.
No caso da soja, os preços podem sentir ainda o peso do forte recuo do milho, o qual também reflete o mau momento do mercado financeiro. O cereal não consegue nem mesmo encontrar um ligeiro suporte nos dados divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na semana passada sobre uma expressiva redução nos estoques finais e na produção norte-americana para a sara 11/12.
"É impressionante como o medo dos Estados Unidos virtualmente ficarem sem milho na última sexta-feira foi substituído pelo pânico sobre a Grécia", disseram analistas da consultoria AgResource, em Chicago.
Como explicou o analista de mercado Daniel D'Ávilla, da NewEdge Consultoria, "a Grécia é uma economia pequena. O problema é que Espanha, Irlanda e Portugal também não estão bem. O problema está se espalhando e precisamos de uma solução rápida. Mas, para as commodities, não é o fim do mundo".
O analista acredita, porém, que o mercado tem chances de se recuperar, com problemas climáticos que ainda podem comprometer a safra norte-americana e também com a volta da China às compras, que, em junho, podem somar cerca de 5,5 milhões de toneladas.
"Em breve veremos esse mercado se recuperar. Assim que o mercado macroeconômico começar a acreditar um pouco mais em ações positivas para a crise europeia, veremos recursos e fundos entrando, levando o mercado para cima novamente", explica.
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GILBERT MARINO Curitiba - PR
Então deixa todo mundo morrer de fome,
Estas variações de mercado são como a PMS (Pre menstrual Sindrome) não consigo entender a economia de uma pais afetar assim o mundo dos Grãos ou commodities, especialmente um pais como GRECIA.... É uma palhaçada muito grande para tirar dinheiro do produtor...... Comoque se a Grecia fosse de grande importancia no mundo tanto da produção qto de compra ou financeiro.... acorda!!!!!!!!!!!!!