Superávit em 21/22 derruba açúcar em NY nesta 2ª para mínimas de mais de um mês

Publicado em 22/03/2021 14:58 e atualizado em 25/03/2021 14:55
Rabobank estima leve superávit global para a nova temporada e pandemia na Europa ainda preocupa

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​Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (22) com queda expressiva na Bolsa de Nova York e moderada em Londres. As perdas acompanharam nova estimativa do Rabobank de um leve superávit global em 2021/22, além de preocupações com a demanda.

O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York recuou no dia 1,46%, cotado a US$ 15,53 c/lb, com máxima no dia de 15,86 c/lb e mínima de 15,51 c/lb. O tipo branco em Londres finalizou a sessão com desvalorização de 0,88%, a US$ 449,40 a tonelada.

O banco multinacional Rabobank divulgou nesta segunda-feira que vê um leve superávit de 1,5 milhão de t na safra 2021/22 (outubro-setembro) acompanhando a recuperação da produção em importantes origens produtoras. Apesar disso, há a previsão de um déficit para 2020/21.

A safra 2021/22 de açúcar no Centro-Sul do Brasil é estimada com uma moagem de cana-de-açúcar de 575 milhões de t e um mix de 47% para o açúcar.

"Olhando ao redor das regiões, as perspectivas para a nova safra no Centro-Sul do Brasil permanecem uma preocupação, já que as chuvas de fevereiro foram significativamente abaixo da média em muitas regiões de cana", disse o banco, apesar do cenário global positivo na nova temporada.

Veja mais:
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Cana-de-açúcar - Foto: Unica
 Rabobank vê um leve superávit de 1,5 milhão de t na safra 2021/22 (outubro-setembro) - Foto: Unica

Na última semana, a trading inglesa Czarnikow também destacou ao mercado a possibilidade de um superávit global de 3 milhões de toneladas de açúcar na safra 2021/22, mas condicionada com a produção em importantes origens produtoras do mundo.

Do lado da demanda, também seguem as preocupações dos investidores. "Os preços do açúcar estão sendo afetados por preocupações com a demanda, já que uma terceira onda da Covid na Europa pode levar a bloqueios mais longos e restrições de viagens mais rígidas que reduzem o crescimento econômico e a demanda por commodities", disse a consultoria Barchart.

Além disso, a desvalorização do dólar ante o real no dia também contribuiu para pressionar as cotações do açúcar.

Mercado interno

A sexta-feira (19) foi de queda nos preços do açúcar no mercado físico brasileiro.

O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou com queda de 1,58%, a R$ 106,01 a saca de 50 kg na sexta-feira (19).

No Norte e Nordeste do Brasil, o tipo ficou estável, a R$ 111,05 a saca, segundo dados da Datagro.

O açúcar VHP, em, Santos (SP), tinha o preço FOB cotado a US$ 17,15 c/lb, com recuo de 0,78%.

ETANOL

Já o Indicador do etanol hidratado CEPEA/ESALQ - São Paulo teve queda de 5,66% na última semana, a R$ 2,7414 o litro, enquanto que o anidro perdeu 4,44%, a R$ 2,9841 o litro.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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