Açúcar salta mais de 3% em NY nesta 3ª com teste máximas de 2 meses

Publicado em 20/04/2021 15:28
Mercado repercute preocupações com estiagem no Brasil, além de impactos na safra da França

LOGO nalogo

O mercado do açúcar encerrou a sessão desta terça-feira (20) com altas de mais de 3% na Bolsa de Nova York, além de ganhos de quase 2% em Londres. O dia foi novamente marcado por preocupações com a safra brasileira, além de outras origens.

O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York fechou o dia com valorização de 3,15%, cotado a US$ 16,72 c/lb, com máxima de 16,80 c/lb e mínima de 16,25 c/lb. O tipo branco em Londres registrou salto de 1,78%, negociado a US$ 462,10 a tonelada.

Os produtores de cana do Brasil têm postergado o início da colheita e moagem da nova safra de cana-de-açúcar à espera de melhores condições climáticas para o desenvolvimento das lavouras. Apesar disso, a condição recente segue desfavorável.

A Somar Meteorologia destacou no dia que a umidade do solo nas regiões de cultivo de cana-de-açúcar do Brasil tem sido insuficiente para proporcionar um bom desenvolvimento das lavouras, segundo reporte da Barchart.

Cana-de-açúcar - Foto: Unica
Preços no Brasil têm registrado altas expressivas nos últimos dias - Foto: Unica

"A compra de fundos está elevando os preços do açúcar devido à preocupação com a redução da produção global de açúcar", disse a consultoria em nota.

O estado de São Paulo, que abrange cerca de 70% da produção de cana no Brasil, teve o clima mais seco dos últimos 20 anos em cinco dos últimos seis meses até março, e as perdas de produção podem chegar a 20% em algumas áreas, de acordo com a Somar.

A Wilmar International estimou na véspera que, com a estiagem contínua no Brasil, a safra de cana 2021/22 do país pode não chegar a 530 milhões de toneladas, o que representaria uma queda de 12%, sendo a menor produção em uma década.

Leia mais:
» Wilmar aponta queda acentuada na produção de açúcar no Brasil

Ainda com foco nas origens, o mercado também olha para as recentes incursões de frio na França, maior país produtor de açúcar da União Europeia. A safra de beterraba sacarina do país perdeu até 50 mil hectares plantados com geadas.

Paralelamente, nas últimas semanas, o mercado vê sinais de melhora na demanda, com embarques recordes de açúcar pela Índia no último mês de março, além de elevação no número de navios e volume programado do adoçante nos portos brasileiros.

Mercado interno

Os últimos dias têm sido favoráveis aos preços do açúcar no mercado brasileiro. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), o salto acompanha os valores internacionais da commodity e baixa oferta de cristal neste início de moagem da safra 2021/22.

O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 1,10%, a R$ 109,53 a saca de 50 kg na segunda-feira.

Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou valorização de 1,18%, negociado a R$ 115,35 a saca, segundo dados da Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 17,10 c/lb, com desvalorização de 2,47% sobre o dia anterior.

» Clique e veja as cotações completas de sucroenergético

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário