Itaú BBA vê leve déficit de açúcar na safra global 21/22, mas cenário ainda depende de importantes origens

Publicado em 22/04/2021 14:16
Consultoria levanta expectativa de cotações firmes para o adoçante na Bolsa de Nova Iorque ao longo do ano de 2022

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A safra 2021/22 (outubro-setembro) de cana-de-açúcar deve ter um leve déficit de 800 mil toneladas, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (22) pela consultoria Agro do Itaú BBA. No entanto, muitos fatores ainda precisam ser considerados nas origens e o número pode ser revisado para cima ou até ter uma mudança de tendência. Dessa forma, cotações firmes são esperadas.

A consultoria estima a produção global de açúcar na safra 2021/22 com um acréscimo de 3,4% em relação ao período anterior, totalizando 186 milhões de toneladas e acompanhando elevação da safra em países como a Índia e Tailândia, além da Europa. Em contrapartida, o consumo no novo ciclo é apontado pelo Itaú BBA em 186,7 milhões de t.

"Diante desse cenário de aumento de produção, porém com balanço de oferta e demanda ainda apertado, a nossa expectativa aponta para cotações firmes em Nova Iorque também ao longo 2022, embora em patamares pouco menores que o esperado para esse ano", disse a consultoria em relatório.

Os números do Itaú BBA ainda precisarão ser confirmados ao longo da safra, já que há muitas incertezas sobre o desenvolvimento da safra nas principais origens produtoras de açúcar do mundo, incluindo o Brasil. A nova safra 2021/22 (abril-março) do Centro-Sul brasileiro está nas atenções do mercado por conta das condições climáticas adversas e redução de área.

"A expectativa é de safra açucareira, na nossa visão com mix de açúcar em 46% e produção de 35,6 milhões de toneladas, queda de 7,3% comparada com a safra anterior", disse a consultoria. A produção total de etanol no país é estimada em 29,23 bilhões de litros, ficando cerca de 4% menor ante a temporada anterior.

Apesar da expectativa de um cenário de preços firmes diante das primeiras análises da consultoria, não está descartada uma alta nas cotações caso haja novidades climáticas nos países produtores. Além disso, elevações das cotações do petróleo, que aumentam a atratividade do etanol no Brasil, também poderão afetar positivamente as cotações do adoçante.

O Itaú BBA também não exclui possíveis impactos na demanda com um novo recrudescimento da pandemia do coronavírus.

"Tendo em vista que os riscos de altas e baixas de preços são bastante presentes, é importante que os players do setor estejam preparados para navegar em um período de maior volatilidade das cotações. Nesse sentido, grande atenção deve ser dada às fixações futuras realizadas diretamente em bolsa e as possíveis chamadas de margem e aportes adicionais de garantias em operações", pontua a consultoria.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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