Com açúcar em queda e etanol mais valorizado, safra 21/22 tem potencial de modificações no mix, vê Itaú BBA

A safra 2021/22 de etanol começou com preços recordes para o biocombustível, com média em maio de R$ 3.000/m³, diferente do início difícil da temporada anterior, em meio queda nos estoques devido ao atraso no início da moagem na região Centro Sul com postergação da colheita de cana-de-açúcar em busca de melhores produtividades.
"Com os elevados preços do hidratado neste início de safra e as cotações do açúcar caindo nas últimas semanas, o biocombustível passou a ser mais rentável à usina comparado com o adoçante", disse o Itaú BBA. Diante dessa alta do biocombustível e queda recente do açúcar, o mercado já levanta a possibilidade de mudanças no mix da safra.
"Apesar das diversas vantagens do etanol como vendas e recebimentos mais rápidos (encurtamento do ciclo de caixa), acreditamos que o impacto na mudança de mix será pequeno, pois há uma grande preocupação em relação ao volume de cana da safra atual, que mesmo sendo consenso que o clima seco terá impacto nesta safra, a quantificação da produtividade ainda tem grande variação entre os players do mercado".
O Itaú BBA atualizou sua estimativa para a safra 2021/22 de etanol total para 27,71 milhões de m³, sobre 30,37 milhões de m³ da temporada anterior, sendo 24,48 milhões de m³ de cana e 3,24 milhões de m³ de milho. Os estoques finais na nova temporada são apontados em 1,47 milhão de m³.
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