Petróleo dispara 4% e faz açúcar voltar aos US$ 19 c/lb nesta 2ª em NY

Publicado em 06/12/2021 15:54
Mercado também segue atento para informações sobre nova safra do Brasil e colheita na Índia

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Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (06) com alta na casa dos 2% nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi marcado no adoçante por suporte da disparada do petróleo, além de atenção para a safra nas origens.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 2,19%, cotado a US$ 19,16 c/lb, com máxima de 19,25 c/lb e mínima de 18,76 c/lb. Em Londres, o tipo branco teve valorização de 1,99%, negociado a US$ 496,60 a tonelada.

O mercado do açúcar em Nova York retomou o patamar de US$ 19 c/lb nesta segunda-feira com suporte importante relacionado ao petróleo no cenário internacional. O óleo avançava cerca de 4% nas bolsas externas com acompanhamento da variante ômicron.

"Se for provado que a ômicron nos próximos dias (ou semanas) é menos agressiva, mesmo que seja mais contagiosa, então podemos dizer que 100% das baixas da semana passada foram a barganha do trimestre", disse Jeffrey Halley, analista da corretora OANDA.

As oscilações do óleo, no mercado de energia, também impactam no adoçante por conta da decisão das usinas entre produzir o etanol ou açúcar, reduzindo ou elevando a oferta na safra.

Cana-de-açúcar cortada em pedaços - Foto Embrapa
Mercado do açúcar em Nova York retomou o patamar de US$ 19 c/lb nesta segunda-feira  - Foto: Embrapa

Apesar disso, ainda há cautela. "Olhando os fundamentos, parece menos provável um retorno do mercado de açúcar aos níveis de 20 centavos de dólar por libra-peso após a nova variante de o coronavírus jogar um balde de água gelada na recuperação da economia global", disse a Archer Consulting.

Fundamentalmente, o mercado do adoçante também ainda olhava nesta reta final de semana as preocupações com a nova safra brasileira e os baixos resultados da temporada atual. Além disso, há atenção para as safras asiáticas.

"A probabilidade crescente do La Niña (fenômeno climático) pesa sobre a produção do próximo ano (do Brasil). As exportações (da Índia) devem permanecer lentas (em comparação com os anos anteriores, quando o subsídio à exportação ainda existia", disse o Citi.

MERCADO INTERNO

O brasileiro de açúcar tem se sustentado acima de R$ 150 a saca nas últimas semanas, apesar de baixas pontuais em alguns dias. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, queda de 0,36%, negociado a R$ 155,25 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 152,09 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,19 c/lb - estável.

ETANOL

O Indicador do etanol hidratado CEPEA/ESALQ - São Paulo teve desvalorização de 2,14% na última semana, a R$ 3,4594 o litro, enquanto que o anidro caiu 2,72%, a R$ 4,0002 o litro.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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