Com pressão do petróleo, açúcar recua mais de 1% nas bolsas de NY e Londres nesta 5ª

Publicado em 13/01/2022 17:06
Mercado também acompanha a expectativa positiva com safra das origens, além de realização de lucros

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Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (13) com perdas de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres. A pressão veio com o petróleo, além de informações sobre as origens e movimento de realização de lucros.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 1,36%, cotado a US$ 18,09 c/lb, com máxima de 18,42 c/lb e mínima de 17,94 c/lb. Em Londres, o primeiro vencimento recuou 1,19%, negociado a US$ 497,30 a tonelada.

Depois de alta expressiva na véspera, as cotações do açúcar devolveram todos os ganhos nesta quinta em realização de lucros, além do peso do petróleo no financeiro. Além disso, segue atenção para as principais origens.

Próximo da finalização dos trabalhos nas bolsas externas do açúcar, o petróleo WTI e Brent recuava cerca de 1%. As preocupações com alta de juros na economia norte-americana impactaram o óleo no mercado internacional.

As usinas definem o mix na safra com base nos melhores preços de açúcar ou de etanol, que acompanha as oscilações da gasolina.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe na véspera que a quantidade de cana-de-açúcar processada na 2021/2022 permaneceu em 521,67 milhões de toneladas, sem números de moagem na última quinzena de novembro.

A entidade espera que a safra termine em cerca de 525 milhões de t de moagem. Para 2022/23, as expectativas do mercado já são mais positivas diante de melhora no clima no Centro-Sul, principal região produtora de cana-de-açúcar do país.

"Ainda devemos registrar algum processamento de cana-de-açúcar no mês de março, mas a quantidade a ser moída deve ser muito inferior àquela observada em anos anteriores", disse o diretor técnico da Unica Antonio de Padua Rodrigues.

Também há pressão aos preços relacionada com o desenvolvimento da colheita nas origens asiáticas. Por outro lado, os operadores também estão atentos com o posicionamento indiano de exportações, após queda dos preços.

"No nível de preços atuais, as exportações da Índia não são viáveis. As usinas estão obtendo preços muito mais altos no mercado local", disse à Reuters Ravi Gupta, presidente do comitê de exportação da All India Sugar Traders Association (AISTA).

Apesar da queda de preço no dia, as expectativas no longo prazo são positivas ao mercado, segundo a Suedzucker, maior produtora de açúcar da Europa.

"Com um déficit adicional na balança mundial de açúcar na campanha de comercialização de 2021/22, espera-se que o ambiente do mercado mundial permaneça positivo", disse a companhia em divulgação de balanço financeiro.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar no Brasil permanecem acima de R$ 150 a saca, mas têm algumas quedas pontuais. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,07%, negociado a R$ 152,28 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 151,90 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,03 c/lb com alta de 1,28%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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