Açúcar: Câmbio e quebra na safra da França fazem NY retomar os 19 cents/lb nesta 3ª

Publicado em 08/11/2022 16:26
Suporte também de ajuste de posições ante as perdas da sessão anterior; safra da Índia e BR também são monitoradas

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Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (08) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado do adoçante teve suporte do câmbio, dados da França, além de ajuste de posições ante a sessão anterior.

Apesar disso, ainda há monitoramento para as próximas safras da Índia e do Brasil, que começa em abril do ano que vem.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 1,71% no dia, cotado a 19 cents/lb, com máxima de 19,03 cents/lb e mínima de 18,59 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve valorização de 1,31%, a US$ 517,40 a tonelada.

Um dos suportes ao mercado futuro do adoçante nesta terça-feira veio da quebra de safra de um dos principais produtores da União Europeia. A França reduziu sua previsão de produção de 2022 de beterraba afetada pela seca para 31,94 milhões de toneladas.

No mês passado, a previsão era de 32,69 milhões de toneladas. O volume representa ainda uma queda de 7,1% ante 2021.

O dia também foi de suporte do câmbio. O dólar tinha leve recuo sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities e dá suporte aos preços externos. Além disso, há algum suporte com ajuste de posições ante a sessão anterior.

Nos fundamentos, por outro lado, há atenção com as principais origens produtoras do adoçante diante de expectativa positiva com a safra indiana que começou em outubro e a brasileira. Apesar de chuvas impactando a moagem da safra atual no Centro-Sul do Brasil.

A Índia informou no final da última semana que irá adotar uma cota de exportação de 6 milhões de toneladas de açúcar no ciclo 2022/23, safra que começou em outubro deste ano e que será finalizada em setembro. O país asiático deve ter uma nova safra positiva.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar estão oscilando entre R$ 128 a 129 a saca no mercado físico do Brasil. O avanço de preços nos últimos dias acompanha a demanda que está aquecida e as últimas quinzenas no Brasil que têm registrado impacto na moagem por conta das chuvas.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve queda de 0,26%, a R$ 128,79 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 138,55 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,19 c/lb e queda de 0,15%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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