Governo deve voltar com 75% da tributação federal sobre gasolina e 21% para etanol

Publicado em 28/02/2023 15:57 e atualizado em 28/02/2023 18:02
A decisão teria sido tomada nas últimas horas pelo governo federal, segundo informação confirmada pelo Notícias Agrícolas

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Depois da decisão de voltar com os impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre a gasolina e o etanol – com a desoneração terminando hoje no país –, o governo deve voltar com cobrança de 75% sobre a gasolina e 21% sobre o etanol. A decisão teria sido tomada nas últimas horas pelo governo federal, segundo informação confirmada pelo Notícias Agrícolas com fontes do setor.

Ou  seja, caso seja utilizada essa nova dinâmica, o governo arrecadaria R$ 0,5175 sobre o litro da gasolina, já que a totalidade era de R$ 0,69, e R$ 0,0525 sobre o litro do etanol, que antes ficava em R$ 0,25. O anúncio oficial deve ser logo mais, às 17h (horário de Brasília), pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, quando mais detalhes devem ser divulgados.

De acordo com Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado, se confirmada, a decisão do governo, somada com o anúncio de hoje da Petrobras de queda da gasolina – que estreita a diferença sobre o etanol – representa vitória parcial do setor sucroenergético, com impacto sobre a decisão das usinas na safra 2023/24. "A Petrobras deve ser usada como um colchão de amortização", disse.

Mais cedo, o Notícias Agrícolas levantou que mesmo antes de uma definição sobre como seria a reoneração, os preços nas bombas já têm subido pelo país.

Um levantamento de preços da empresa Ticket Log, que administra 1 milhão de veículos e quase 2,5 bilhões de litros de combustível ao ano, aponta que no comparativo com janeiro, os preços da gasolina na média do Brasil subiu 1,42%, para R$ 5,40 o litro. Enquanto o etanol já saltou 1,16%, para R$ 4,44, mesmo com o biocombustível perdendo competitividade sobre o fóssil.

Os preços subiram, mas ainda podem avançar mais, já que o levantamento foi até 26 de fevereiro. "O cenário é de alta para ambos e vale destacar que a volta da cobrança dos impostos federais sobre os dois combustíveis, a partir de março, pode refletir em mais aumento no preço médio comercializado nas bombas nos próximos meses", afirma Douglas Pina, diretor-geral de mobilidade da Edenred Brasil.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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