Açúcar recua nesta 6ª nas bolsas com peso do financeiro e dados do BR, mas tem semana positiva
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Os futuros do açúcar encerraram esta sexta-feira (24) com queda nas bolsas de Nova York e Londres, apesar de acumular alta desde o início da semana. O mercado no dia foi pressionado pelo petróleo, além de informações da safra 2023/24 do Centro-Sul.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,34%, cotado a 20,82 cents/lb, com máxima em 20,99 cents/lb e mínima de 20,65 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve baixa de 0,03% no dia, a US$ 597,60 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do adoçante no terminal norte-americano acumulou alta de 1,66%.
O mercado do açúcar estendeu as perdas da véspera nesta sexta com as oscilações do petróleo ainda no radar. O óleo bruto nas bolsas chegou a cair cerca de 4%, o que impacta diretamente na decisão das usinas sobre produção de açúcar ou de etanol.
"Os preços mais fracos do petróleo prejudicam o etanol e podem levar as usinas mundiais a direcionar mais a moagem de cana para a produção de açúcar em vez de etanol, aumentando assim a oferta do adoçante", reportou o Barchart.
Segundo a Reuters, o óleo perde forças nesta reta final de semana com queda nas ações de bancos europeus e depois que a secretária de Energia dos Estados Unidos, Jennifer Granholm, disse que o reabastecimento da reserva nos Estados Unidos pode levar anos.
Também há atenção dos operadores aos fundamentos. A trading inglesa Czarnikow espera 37,6 milhões de toneladas do adoçante nesta temporada que começará em abril no Centro-Sul. Esse seria o segundo maior volume já registrado na história do país.
Durante a semana, a StoneX elevou a sua estimativa de moagem de cana-de-açúcar de 588,2 milhões de toneladas em janeiro, sua estimativa anterior, para 592,1 milhões de t. Isso representa um salto de 6,2% na comparação com a temporada anterior.
A produção do adoçante é estimada pela consultoria em 36,8 milhões de t, uma alta de 7% ante o ciclo anterior.
Sem repercutir muito aos preços, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) anunciou nesta sexta-feira que a produção de açúcar na primeira quinzena de março, momento de entressafra no Brasil, totalizou apenas 15,57 mil toneladas.
Porém, no acumulado desde o início da safra 2022/23, a fabricação do adoçante totaliza 33,58 milhões de toneladas, contra 32,06 milhões de toneladas do ciclo anterior, uma alta de 4,74%, o que contribuiu para o cenário baixista no dia.
Por outro lado, o mercado do adoçante se preocupa com a safra asiática, principalmente a indiana.
MERCADO INTERNO
Durante a semana, os preços do adoçante no spot seguiram em cerca R$ 130 a saca, mesmo com um cenário de baixa liquidez. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 131,84 a saca de 50 kg e queda de 0,54%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 142,49 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 23,74 c/lb e desvalorização de 1,09%.
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