Açúcar avança mais de 1% nesta 6ª, mas não anula queda semanal de mais de 9% em NY
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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão a sessão desta sexta-feira (08) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte de ajuste de posições ante as baixas recentes, além de seguir o petróleo no internacional.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,43%, a 23,36 cents/lb, com máxima em 23,60 cents/lb e mínima de 23,10 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 1,28%, negociado a US$ 654,40 a tonelada.
No acumulado da semana, o terminal norte-americano registrou queda de 9,49% no terminal norte-americano.
Apesar de alta técnica nesta sexta e na véspera, o mercado teve recuos seguidos recentemente com expectativas positivas diante de avanço da safra 2023/24 do Brasil, além da Índia, que pediu para as usinas voltarem a direcionar cana para açúcar.
"Os preços do açúcar caíram na quinta-feira para o menor nível em cinco meses devido à diminuição das preocupações com a oferta de açúcar", destacou o site internacional Barchart.
A produção do adoçante na temporada 2023/24 do Centro-Sul do país é vista agora pelos operadores, segundo a Reuters, entre 41,5 a 42 milhões de toneladas. Em agosto, uma pesquisa da Reuters previa a produção na região em cerca de 39 milhões de toneladas.
Da Índia, o suporte ao adoçante nesta sexta acompanhou ainda o reporte do Secretário de Alimentos da Índia, que projetou que a produção de cana-de-açúcar da Índia em 2023/24 poderá cair 12% no comparativo anual, para 434,8 milhões de toneladas.
Depois dessas perdas expressivas, ajustes passaram a ser vistos. Além disso, os preços têm suporte da valorização no dia de quase 3% do petróleo. As oscilações do óleo bruto impactam diretamente na decisão sobre o mix de produção das usinas do Centro-Sul.
Em menor intensidade, o mercado também monitora a chegada de um ciclone que poderá atingir Queensland, o maior estado produtor de açúcar da Austrália, responsável por 95% da produção. A Austrália está entre maiores produtores de açúcar do mundo.
MERCADO INTERNO
Os preços internos do açúcar permanecem em queda. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP). Ainda assim, as cotações atuais operam acima das praticadas no mesmo período do ano passado, tendo em vista que usinas priorizam as exportações do açúcar.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 155,41 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,19%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 155,48 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 23,97 c/lb com desvalorização de 7,85%.
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