Rublo forte e falta de navios dificultam exportações de trigo russo em nova temporada

Publicado em 22/06/2022 10:59

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(Reuters) – Um rublo forte, elevada taxa de exportação, problemas com frete e falta de vendas futuras devem dificultar o início da nova temporada de exportação do trigo russo em julho, apesar da expectativa de uma safra recorde, disseram analistas e traders.

A Rússia, maior exportadora de trigo do mundo e fornecedora principalmente para Oriente Médio e África, começará a colheita da nova safra dentro de dias, em meio a sanções ocidentais impostas depois que Moscou enviou milhares de tropas para a Ucrânia em 24 de fevereiro.

Essas sanções complicaram o processamento de pagamentos de negócios russos em bancos ocidentais e dissuadiram muitos proprietários de grandes navios de fazer negócios com Moscou.

“Nenhum dos problemas foi resolvido até agora, apesar das declarações das autoridades ocidentais”, disse à Reuters Eduard Zernin, que dirige a associação russa de exportadores de grãos.

Os Estados Unidos disseram que estão preparados para enviar “cartas de conforto” às empresas de transporte e seguros para ajudar a facilitar o fornecimento de grãos e fertilizantes da Rússia.

As Nações Unidas estão liderando negociações multilaterais destinadas a aumentar a oferta do Mar Negro, já que os portos marítimos da Ucrânia estão bloqueados há quase quatro meses.

A Rússia tem muita oferta de grãos, mas seus exportadores precisam confiar nas vendas à vista em vez dos usuais contratos a termo, já que o impacto das sanções complica sua capacidade de planejar negócios com vários meses de antecedência, acrescentou Zernin.

Outro problema é o rublo [RU/RUB], que está em máxima de 7 anos em relação ao dólar americano –em meio a controles de capital e uma queda acentuada nas importações de mercadorias– tornando as exportações russas menos competitivas no mercado global, disse um exportador focado na Rússia.

O alto imposto governamental para exportação de trigo, fixado pelo Ministério da Agricultura da Rússia em 142 dólares por tonelada para 22 e 28 de junho, é outro problema, junto com o alto custo de seguro e frete, disse a consultoria Sovecon.

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Fonte:
Reuters

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