USDA pode revisar estoque final de soja 20/21 dos EUA para cima; 21/22 deve ter pouca mudança

Publicado em 09/06/2021 15:51

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O novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) será divulgado nesta quinta-feira, 10 de junho, e não deve apontar mudanças muito substanciais para este momento. 

"Tradicionalmente, neste relatório de junho, o o USDA repete  os dados de produção e produtividade de maio. A maior importância será no final do mês quando teremos a revisão da área de plantio e os estoques trimestrais", explica Marcos Aráujo, analista de mercado da Agrinvest Commodities em entrevista para o Notícias Agrícolas. 

O analista líder de grãos do portal DTN The Progressive Farmer, Todd Hultman, complementa dizendo ainda que as novas estimativas deverão, de fato, passar 'despercebidas' pelo mercado, uma vez que o tempo quente e seco que vem sendo registrado em partes importantes do Corn Belt - como o Oeste e as Planícies do Norte - já estão limitando o o potencial produtivo das lavouras 2021/22 "mais rápido do que as projeções do USDA podem apontar". 

Araújo também lembra que os estoques finais da safra 2020/21 de soja dos EUA ainda são esperados na casa de 3,27 milhões de toneladas. "Para isso se confirmar, temos que ter um 'desaparecimento' de soja - que é um termo que o USDA utiliza - ao redor de 2,72 milhões de toneladas. Porém, há também uma forte queda no ritmo das exportações de soja dos EUA e os dados do NOPA nos mostra um ritmo menor também dos esmagamentos. Isso pode fazer com que os estoques amricanos de 3,27 milhões fiquem próximos de 4,9 milhões de toneladas", afirma Araújo. "Alguns falam de risco de desabastecimento de soja nos EUA, mas isso não é mais verdade, eu diria". 

SAFRA EUA 2021/22

O mercado espera a produção norte-americana de soja entre 119,88 e 122,48 milhões de toneladas, com média de 120,13 milhões. Há um mês, a safra foi estimada em 119,88 milhões de toneladas e na anterior foram colhidas 112,54  milhões. 

De milho, as projeções entre 380,77 e 386,56 milhões de toneladas, com média de 381,48 milhões, acima do número de maio de 380,77 milhões. Há um ano, a produção do cereal nos EUA totalizou 360,24 milhões de toneladas. 

ESTOQUES FINAIS EUA 2021/22

Os estoques finais da nova safra norte-americana de soja são esperados entre 3,18 e 4,63 milhões de toneladas, com média de 3,78 milhões e frente ao número de maio de 3,81 milhões de toneladas. 

De milho, os números variam entre 32,56 e 38,51 milhões de toneladas, com média do intervalo de 35,92 milhões de toneladas. Em maio, a projeção do USDA foi de 38,28 milhões de toneladas. 

ESTOQUES FINAIS EUA 2020/21

O mercado aposta em estoques finais de soja 2020/21 dos EUA entre 2,86 e 3,92 milhões de toneladas, com média de 3,32 milhões e frente ao número de maio de 3,27 milhões de toneladas. 

Já para os estoques finais de milho, o intervalo esperado pelo mercado é de 28,75 a 33,05 milhões de toneladas, com média de 30,61 milhões. No boletim anterior, a estimativa veio em 31,93 milhões de toneladas. 

ESTOQUES FINAIS MUNDO 2021/22

O mercado espera ainda pelos estoques finais de soja mundiais da safra 2021/22 enrtre 90 e 94,1 milhões de toneladas, com média de 91,6 milhões e frente a 91,1 milhões de maio. 

As projeções para os estoques finais globais de milho da nova safra variam entre 280,9 e 293,8 milhões de toneladas, com média de 288,9 milhões e contra o estimado no mês passado de 292,3 milhões de toneladas. 

ESTOQUES FINAIS MUNDO 2020/21

Os estoques finais globais de soja são estimados entre 85,8 milhões e 87,6 milhões de toneladas e a média das projeções fica em 86,7 milhões de toneladas. No reporte anterior, a projeção foi de 86,6 milhões de toneladas. 

De milho, os estoques mundiais deverão ficar, de acordo com as expectativas do mercado, entre 276 e 283 milhões de toneladas. com média de 280,1 milhões de toneladas. Confirmada, a média seria menor do que o número de maio de 283,5 milhões de toneladas. 

PRODUÇÃO AMÉRICA DO SUL 2020/21

Os traders esperam a safra 2020/21 de soja do Brasil entre 135,7 e 137 milhões de toneladas, com média de 136,2 milhões e frente as 136 milhões estimadas há um mês. Para a Argentina, se espera algo entre 45 e 47,5 milhões de toneladas, com a média das projeções em 47,1 milhões. Em maio, o estimado foi 47 milhões. 

A produção brasileira de milho, por sua vez, pode ficar entre 89,7 e 103 milhões de toneladas, com média de 97 milhões. O intervalo esperado para a colheita argentina é de 46 a 48 milhões de toneladas, com média de 47,1 milhões de toneladas. O boletim anterior trouxe a colheita da Argentina do cereal estimada em 47 milhões de toneladas. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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