Bolsonaro chama "esse cara aí de S. Paulo" de "nanico projeto de ditador"... É, a Guerra das Vacinas vai render..

Publicado em 22/10/2020 14:44 e atualizado em 27/10/2020 16:22
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

Vacina chinesa não transmite segurança "pela sua origem", diz Bolsonaro

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que o Brasil não comprará a vacina CoronaVac, da empresa chinesa Sinovac e que está sendo testada no Brasil pelo Instituto Butantan, porque o medicamento não transmite segurança "pela sua origem" e não tem credibilidade.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, na noite de quarta-feira, Bolsonaro foi questionado se autorizaria a compra da CoronaVac se houvesse registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e respondeu que não.

"Da China não compraremos. Não acredito que ela transmita segurança para a população pela sua origem. Esse é o pensamento nosso", garantiu.

Bolsonaro foi questionado ainda sobre quais as razões o levaram a vetar, na véspera, a compra pelo governo federal da vacina chinesa.

"Credibilidade", respondeu. "A ideia é dar espaço a outras vacinas mais confiáveis. Confiança também."

"A da China, lamentavelmente, já existe um descrédito muito grande por parte da população. Até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido lá", afirmou.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil e apenas em 2020 já importou 53,4 bilhões de dólares de produtos brasileiros, de acordo com dados do Ministério da Economia.

Na entrevista, o presidente lembrou a intensa relação comercial do Brasil com o país asiático, mas disse que, em alguns pontos é possível não estar "totalmente alinhado".

Procurada, a embaixada da China no Brasil não respondeu de imediato a um pedido de comentário feito pela Reuters.

A CoronaVac está em teste no Brasil dentro de um acordo de produção e transferência de tecnologia entre a Sinovac e o Instituto Butantan, que pertence ao governo de São Paulo e é um dos principais produtores das vacinas usadas no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

O acordo prevê a compra inicial de princípio ativo da vacina, uma vez que ela seja aprovada pela Anvisa, para produção das doses no Brasil e, assim que o Butantan absorver a transferência de tecnologia, a produção integral no país.

Bolsonaro afirmou ainda que é possível ter uma vacina de outro país ou até uma brasileira, que transmitiria confiança para a população.

O governo do Estado de São Paulo é comandado por João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro e amplamente visto como provável candidato à Presidência em 2022, quando Bolsonaro disputará a reeleição, conforme já afirmou diversas vezes.

PAZUELLO FICA

O presidente revogou na quarta-feira a decisão tomada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que assinou um protocolo com o Butantan para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac para ser incluída no Programa Nacional de Imunizações. O acordo foi anunciado na terça, em reunião de Pazuello com governadores, Doria entre eles.

Bolsonaro afirmou que houve "precipitação" do ministro em assinar o protocolo e que ele deveria ter sido informado por ser uma decisão importante.

"Parece que ele tomou a decisão no dia de ontem por uma ocasião de videoconferência. Conversei agora há pouco por zap (WhatsApp) com Pazuello, sem problema nenhum, meu amigo de muito tempo, ele continuará ministro. Ouso dizer que é um dos melhores ministros da Saúde que o Brasil já teve nos últimos anos", afirmou Bolsonaro.

Na verdade o protocolo foi apenas informado aos governadores durante a reunião por videoconferência, mas havia sido assinado no dia anterior.

Diplomatas estrangeiros não verão queimadas ou devastação na Amazônia, diz Bolsonaro

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BRASÍLIA (Reuters) - Em discurso na formatura do Instituto Rio Branco, do Itamaraty, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que levará diplomatas estrangeiros à Amazônia e eles não verão queimadas e nem devastação.

A viagem a Amazônia está sendo preparada pelo vice-presidente Hamilton Mourão --coordenador do Conselho da Amazônia-- e todos os embaixadores dos países da União Europeia foram convidados.

"Não verão na nossa floresta amazônica nada queimado e nem sequer um hectare de selva devastado", disse Bolsonaro.

O presidente pediu ainda aos novos diplomatas brasileiros que mostrem ao mundo que o Brasil está no caminho certo.

"Precisamos cada vez mais que mostram ao mundo que estamos fazendo o que é certo, cortando gastos, fazendo reformas, combatendo a corrupção pelo exemplo", afirmou.

O presidente ressaltou que o Brasil está dando liberdade para quem produz e respeita contratos. Disse ainda que o governo federal não aumentou impostos durante a pandemia e prometeu que não aumentará tributos quando ela acabar.

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Notícias Agrícolas

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