Marcelo Marcondes - Presidente da APROVA - Ass. Dos produtores do Vale do Araguaia / Goiás

Publicado em 22/06/2017 13:21
Marcelo Marcondes - Presidente da APROVA - Ass. Dos produtores do Vale do Araguaia / Goiás
Marcelo Marcondes - Presidente da APROVA - Ass. Dos produtores do Vale do Araguaia / Goiás

Na região do Vale do Araguaia (GO), os frigoríficos estão ofertando a abaixo da referência na tentativa de pressionar as cotações. Com o vácuo deixado pela JBS, as indústrias de atuação local conseguiram alongar suas escalas e não vêm necessidade de pagar mais para adquirir a matéria prima.

Em Goiás a referência está entre R$ 116/@ a R$ 117/@, mas os compradores iniciaram essa quinta-feira (22) ofertando até R$ 1/@ abaixo desse valor.

Segundo o presidente da APROVA (Associação dos produtores do Vale do Araguaia), Marcelo Marcondes, “pelo volume de boi que a JBS abatia e o que está abatendo hoje, realmente o mercado represou. Há uma oferta muito grande de boiadas", diz.

Dados da Scot Consultoria apontam que o maior frigorífico do país abatia em média 35 mil cabeças/dia nível Brasil. Mas, desde que esteve envolvido em escândalos de corrupção, seu volume caiu para pouco mais de 9 mil cabeças/dia. "São quase 20 mil animais deixados de abater por dia, é muita coisa", pondera o presidente.

Para Marcondes, a preocupação é que o volume de notícias diárias envolvendo a JBS traz grande incerteza ao setor. O mercado futuro, por exemplo, precifica para outubro/17 valor da arroba próximo aos preços spot, desestimulando a atividade.

"A tendência é cair o volume de animais confinados em todo o país neste ano", conta Marcondes. Nem mesmo os preços atrativos do milho deverão animar os produtores neste ano, que estão bastante preocupados quanto à liquidez do mercado.

Nos próximos 15 a 20 dias, as pastagens começam a perder suporte e um volume maior de animais deve ser desovado. Por isso, no curto e médio prazo não são esperadas reações positivas nos preços.

Enquanto isso, no atacado a cotação do boi casado permanece estável em R$ 9,70/kg, mantendo as margens das indústrias frigoríficas em 28%.

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Por:
Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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